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Afastamento de delegado será positivo para caso Marielle, diz Freixo

Giniton Lages foi convidado pelo governador Wilson Witzel a fazer um intercâmbio com a polícia italiana

Por Redação Atualizado em 14 mar 2019, 16h23 - Publicado em 14 mar 2019, 15h28

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse nesta quinta-feira, 14, durante a missa de um ano da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), que o afastamento do delegado Giniton Lages das investigações será positivo para a resolução do caso. Lages foi convidado a fazer um intercâmbio na Itália e um outro delegado deverá assumir a segunda fase da apuração, que buscará apontar o mandante do crime.

“Acho que ajuda (o afastamento de Lages) porque foram muitos erros que a Polícia Civil cometeu neste ano para chegar até aqui”, afirmou Freixo, na Igreja da Candelária. “Um ano para chegar em quem atirou é um tempo inaceitável; que bom que chegou, mas eu acho que agora, com um novo governo, temos uma nova diretriz para a polícia, é normal que tenhamos novas relações de confiança.”

Nesta quarta-feira, 13, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) afirmou que Lages não será exonerado do cargo, mas deixará a função temporariamente para “estudar máfia, movimentos criminosos” com a polícia italiana. Segundo Witzel, o delegado “acumulou muita informação” e que “encerrou uma fase”.

Ao longo da investigação, Giniton Lages foi acusado de pressionar suspeitos para confessarem sua participação no assassinato da vereadora. Foi por causa dessa acusação, inclusive, que a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, determinou, em novembro passado, que a Polícia Federal (PF) apurasse se havia alguma interferência de autoridades policiais na apuração do crime, instituindo o que se chamou de “a investigação da investigação”.

“Os problemas que a investigação enfrentou não foram problemas específicos da investigação do caso Marielle; são problemas estruturais da segurança pública do Rio de Janeiro”, disse Freixo. “Espero que essa morte brutal sirva para que a segurança pública mude, para que nunca mais alguém elogie as milícias, para que nunca mais alguém possa se alimentar de milícias, para que determinados grupos não sejam protegidos pela segurança pública”, acrescentou o deputado.

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Freixo ressaltou, ainda, a importância de se saber quem foi o mandante do crime. “Essa investigação só tem valia se conseguir descobrir quem mandou matar”, afirmou.

Em uma operação realizada na última terça-feira, foram presos o PM reformado Ronnie Lessa, acusado de disparar contra Marielle e Anderson Gomes, e o ex-PM Élcio Queiroz, que dirigiu o carro para o assassino. Os dois devem prestar depoimento ainda nesta quinta sobre o crime. A previsão é de que, no início da noite, eles sejam transferidos para o presídio de Bangu 1.

(Com Estadão Conteúdo)

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