Em meio aos últimos preparativos para a posse, marcada para o próximo dia 1º, o presidente eleito Lula vem sendo aconselhado pelo seu entorno e pela equipe de segurança a usar um colete à prova de balas durante a cerimônia.
Desde a campanha, o aparato foi oferecido para o petista usar nos atos de rua e em locais mais movimentados. Lula, no entanto, sempre resistiu a vestir o colete. Agora, o apelo para o uso da proteção ganhou novos contornos de preocupação após atos provocados por extremistas em Brasília.
No primeiro, em 12 de dezembro, um grupo de vândalos incendiou veículos e depredou diversos pontos da capital federal. Na sequência, na véspera do Natal, uma bomba foi acoplada no eixo de um caminhão-tanque que faria o desabastecimento do combustível dentro de um posto de gasolina localizado no Aeroporto de Brasília. Por sorte, o motorista do caminhão encontrou o artefato e avisou às autoridades. Nos dois casos, os atos violentos foram provocados por autodeclarados apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Auxiliares de Lula defendem a ideia de que ele ceda e coloque o aparato. Nas conversas, o petista ainda se mostra relutante: afirma que o colete à prova de balas é desconfortável, incomoda e lhe causa calor.
No próximo domingo, o petista deve deixar o hotel rumo à Esplanada dos Ministérios em um carro blindado. O desfile começará da Catedral de Brasília – e ainda não está definido se ele estará em um carro aberto, como é de praxe, ou fechado.