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A Receita e a Justiça querem acertar as contas com Collor de Mello

Dívida do senador com a União é dezenove vezes maior que seu patrimônio declarado, valor que pode subir com possível condenação no STF

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 Maio 2022, 15h29 - Publicado em 22 Maio 2022, 14h40

No seu primeiro mandato de senador, de 2007 e 2014, o ex-presidente Fernando Collor de Mello multiplicou por mais de quatro vezes seu patrimônio pessoal. Ele declarava bens no valor de 4,7 milhões de reais no início do mandato e passou a declarar 20,3 milhões de reais quando se reelegeu senador, em 2014. Os negócios iam bem, até que no início de 2015 a Polícia Federal descobriu que boa parte do patrimônio financeiro de Collor tinha origem ilícita.

Durante os governos do PT, o partido do senador, o PTB, controlava uma das diretorias da BR Distribuidora. Para ganhar contratos na estatal, as empreiteiras pagavam propina a políticos da legenda. As investigações revelaram que apenas o ex-presidente recebeu 29 milhões de reais.

O Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia e o senador virou réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O processo, que tramita no STF há mais de cinco anos, está pronto para julgamento, aguardando apenas que o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, marque a data. Se condenado, Fernando Collor pode pegar até 30 anos de prisão e ainda restituir o dinheiro desviado para os cofres públicos.

Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o senador e suas empresas possuem débitos inscritos na Dívida Ativa da União no valor de 390 milhões de reais. São dívidas previdenciárias e passivos tributários, o que corresponde a dezenove vezes o seu patrimônio, de 20,6 milhões de reais, conforme sua última declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, na campanha para governador em 2018.

O mandato do senador termina no fim do ano. Atrás nas pesquisas de intenção de voto para a reeleição, ele estuda concorrer ao governo do Estado ou a uma vaga na Câmara dos Deputados. Procurado, não quis se manifestar.

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