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A costura de Bolsonaro em Minas para emparedar Zema

PL ameaça ter candidato próprio caso o governador continue resistindo a apoiar reeleição do presidente

Por Letícia Casado Atualizado em 31 Maio 2022, 16h46 - Publicado em 29 Maio 2022, 13h56

A campanha de Jair Bolsonaro (PL) costura um palanque em Minas Gerais que pode tirar o governador Romeu Zema (Novo) do segundo turno, projetam aliados do presidente. Bolsonaro tenta conquistar o apoio formal de Zema à sua reeleição, mas o mineiro resiste e insiste em apoiar o candidato de seu partido, Luis Felipe D’Avila, que patina nas pesquisas.

O PL lançou como pré-candidato ao governo local o senador Carlos Viana. A candidatura pode ser rifada se Zema aceitar a aliança. Ele, no entanto, resiste porque o apoio de Bolsonaro reduz a intenção de votos, segundo as pesquisas eleitorais. Enquanto o governador não se define, o PL trabalha com o palanque composto por Viana com o ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antonio para o Senado e o deputado Bilac Pinto para a Câmara.

Lula , por sua vez, já resolveu sua situação no estado. O PT retirou a candidatura de Reginaldo Lopes para o Senado em prol da aliança com o PSD. O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, vai disputar o governo e o senador Alexandre Silveira tentará a reeleição.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta semana mostra que 82% dos eleitores ainda não escolheram em quem votar, 10% respondem espontaneamente que votarão em Zema e 5% em Kalil.  Viana não pontua na espontânea. Já na pergunta estimulada, quando os candidatos são apresentados, Zema tem 41%, Kalil 30% e Viana 9% das intenções de votos. No entanto, quando questionados se preferem um candidato ligado a Lula ou Bolsonaro, 40% dos eleitores respondem “nenhum”.  Outros 32% dizem preferir alguém ligado ao petista e 22% ao atual presidente.

O instituto também perguntou: “Em quem você votaria com o seguinte apoio?”. Kalil apoiado por Lula recebeu 43% das intenções de votos, seguido por Zema apoiado por D’avila (22%) e de Viana apoiado por Bolsonaro (16%). É aí que os aliados do presidente vem uma oportunidade para alavancar sua candidatura e fortalecer o palanque de Bolsonaro no estado.

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Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país, atrás de São Paulo e seguido pelo Rio. A costura dos palanques no Sudeste é essencial para garantir a vitória na corrida presidencial. E, na eleição de 2022, que promete ser disputada voto a voto, o eleitorado da região ficou ainda mais cobiçado pelos presidenciáveis porque as campanhas de Lula e Bolsonaro consideram que as outras regiões do país já estão “precificadas”: o Nordeste vai com Lula, enquanto Sul e Centro-Oeste fecham com Bolsonaro e o Norte se divide.

Mas a quantidade de votos de São Paulo, Minas, Rio e Espírito Santo é superior à das outras regiões. No segundo turno de 2018, o Sudeste respondeu por 41% dos votos válidos.

Apenas SP concentrou mais de um quinto do eleitorado. Foram 22,5 milhões de votos válidos, equivalente a 21,48% dos 104,8 milhões do país. O Estado deu a Bolsonaro 8,1 milhões de votos a mais que Haddad: o presidente foi eleito com 15,3 milhões de votos, 68% do total, ante os 7,2 milhões do petista. No Rio, a vantagem de Bolsonaro foi a mesma: 68% dos 8,34 milhões de votos válidos (5,66 milhões ante os 2,67 milhões de Haddad).

Já em Minas, a diferença foi menor: foram 10,48 milhões de votos válidos, sendo 6,1 milhões para Bolsonaro (58,2%) e 4,38 milhões para Haddad. Desde 1989 Minas Gerais é um indicador da eleição nacional: o presidenciável que vence no estado senta na cadeira no Palácio do Planalto.

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