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A costura de Alexandre de Moraes para levar Bolsonaro à prisão

Embate agora será sobre a caracterização da trama -- uma tentativa de golpe ou o planejamento de um golpe que não aconteceu

Por Policarpo Junior Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h25 - Publicado em 8 fev 2024, 14h23
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  • O despacho do ministro Alexandre de Moraes autorizando as prisões e as buscas contra alvos militares é um apanhado de fatos, costurados de maneira que não deixa muita dúvida sobre a intenção golpista de Jair Bolsonaro e de alguns ex-assessores que compartilhavam da intimidade do ex-presidente.

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    Segundo a Polícia Federal, o grupo era organizado. Parte massificava notícias falsas para desacreditar o processo eleitoral com o objetivo de justificar a intervenção, enquanto outra parte tentava convencer os comandantes militares a aderir à ação.

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    É importante lembrar em que contexto tudo isso acontece.

    Desde que foi eleito, Bolsonaro já falava em fraude nas urnas. Não inventou isso depois que perdeu. Repetia à exaustão.

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    Diante da “certeza” de que havia uma conspiração em andamento para evitar sua reeleição, o presidente mobilizou seus assessores e militares mais próximos – o coronel Mauro Cid à frente – para, de início, “botar a boca no trombone” sobre o tal plano e, quem sabe, intimidar os sabotadores.

    Bolsonaro perdeu a eleição – perdeu, de acordo com a previsão dele, porque houve fraude.

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    Ele e seus assessores desmiolados passaram, então, a planejar o que chamavam de “contragolpe”.  O verdadeiro golpe, segundo o grupo, teria sido dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por setores do Congresso, pelo ministro Alexandre de Moraes, pelo PT…

    Acreditavam que, antes da posse de Lula, apareceria alguma evidência, uma prova de que a fraude teria acontecido. Se encontrassem algo, prenderiam Alexandre de Moraes, anulariam a eleição etc. Discutiram e elaboraram minutas, decretos e medidas que sustentariam a intervenção.

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    Nunca encontraram provas, claro, até porque não houve nenhuma fraude.

    Numa segunda etapa da paranoia, lideranças militares passaram a ser sondadas sobre o apoio ao tal “contragolpe”, mesmo sem a prova que faltava.

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    Numa dessas conversas, um general chegou a repreender Bolsonaro de maneira veemente: “Acabou, presidente!”. Poucos topariam entrar numa aventura baseada apenas na suspeita.

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    Esse é o enredo da trama que podia ter levado o país ao caos.

    O debate que será travado a partir de agora é se os fatos conhecidos caracterizam uma tentativa de golpe ou o planejamento de um golpe que não aconteceu.

    O ministro Alexandre de Moraes não tem dúvida.

    Bolsonaro será preso!

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