Um ano da facada em Bolsonaro, o novo PGR e os vetos na lei de abuso
Dora Kramer, Ricardo Noblat, Daniel Bergamasco e Leonardo Lellis comentam as consequências da facada em Bolsonaro e a escolha de Augusto Aras para a PGR
O atentado contra o então candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, completa um ano nesta sexta-feira, 6. E, mesmo tanto tempo depois, ainda alimenta teorias conspiratórias e segue reverberando na saúde do atual presidente e na política brasileira.
Na opinião de Ricardo Noblat, a facada não mudaria o destino de Bolsonaro. O colunista avalia que a eleição de 2018 foi uma eleição dos indignados com a falta de segurança pública, com o comportamento dos políticos e com o desastre econômico que foi o governo de Dilma Rousseff. Na cabeça de grande parte dos eleitores, era necessário evitar que o PT voltasse ao poder. E essa parcela dos eleitores considerava Bolsonaro a única escolha segura para derrotar o Partido dos Trabalhadores.
Dora Kramer considera que o fato ajudou, mas não determinou a vitória de Bolsonaro. Ajudou no sentido de dar mais exposição ao então candidato do PSL na televisão além dos poucos segundos que tinha no horário eleitoral e provocou um constrangimento nos adversários, que pararam os ataques contra Bolsonaro.
Daniel Bergamasco, editor digital de VEJA, lembra que Jair Bolsonaro terá de ir na Assembleia Geral da ONU, no próximo dia 24, onde o presidente brasileiro faz o discurso de abertura. Mas, no dia 8, ele fará mais uma cirurgia para retirar uma hérnia causada pelas operações em consequência da facada que levou um ano atrás.
Os colunistas e os jornalistas de VEJA também comentam a escolha de Augusto Aras para suceder Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República e os vetos do presidente Jair Bolsonaro na lei de abuso de autoridade.