Segunda caixa-preta confirma ação deliberada do copiloto na queda do avião
Análise preliminar dos dados de voo indicam que Andreas Lubitz aumentou propositalmente a velocidade da aeronave durante a descida em direção aos Alpes franceses
Por Da Redação
3 abr 2015, 07h54
O Escritório Investigações e Análise (BEA) da França revelou nesta sexta-feira que uma primeira análise da segunda caixa-preta do avião Airbus A320 da Germanwings que caiu nos Alpes franceses aponta para uma ação deliberada do copiloto. A primeira leitura dessa segunda caixa, que registra os parâmetros técnicos do voo, indica que o copiloto recorreu ao piloto automático para iniciar a descida e que o modificou posteriormente em várias ocasiões para aumentar a velocidade da aeronave.
Nesta quinta, a promotoria alemã, que investiga as possíveis motivações que levaram Andreas Lubitz a provocar a morte de 149 pessoas revelaram que o copiloto pesquisou sobre métodos suicidas e a segurança da cabine do piloto nos dias que antecederam a queda do avião nos Alpes Franceses. Termos de busca encontrados no navegador de internet do tablet de Andreas Lubitz, coletado do seu apartamento em Düsseldorf, fornecem os primeiros indícios de que as ações podem ter sido premeditadas.
O copiloto “se informou sobre os tipos e formas de suicídio”, disse o porta-voz da promotoria de Düsseldorf, Ralf Herrenbrueck. “Além disso, ao menos uma vez ele se ocupou, por diversos minutos, em pesquisar na internet sobre as portas do cockpit”. Após ouvir às gravações de voz do cockpit, investigadores acreditam que Lubitz, de 27 anos, trancou o capitão para fora da cabine do avião Airbus A320 no dia 24 de março, e deliberadamente jogou o avião contra as montanhas francesas, matando todos as 150 pessoas que estavam a bordo.
Segundo novas informações divulgadas pelo jornal alemão Bild, o copiloto teria mentido para seus médicos, afirmando que estava de licença médica quando na verdade pilotava aviões comerciais. Caso Lubitz tivesse confessado a seus médicos que ainda trabalhava para a Germanwings, eles poderiam ter quebrado a confidencialidade de seu paciente e informado seus empregadores sobre os riscos que o piloto poderia causar aos passageiros.
A Luthansa, controladora da empresa aérea de baixo custo, revelou nessa terça-feira que havia sido informada das condições médicas passadas de Andreas Lubitz, que entregou à escola de voo da empresa documentos mostrando que havia passado por “episódio prévio de depressão severa”.
(Da redação)
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