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FMI: Brasil deve rever estímulos para frear inflação

Relatório aponta necessidade de reavaliar política de incentivos ao retomar crescimento no próximo ano. Projeção da inflação para 2012 é de 5%

Por Da Redação
12 out 2012, 05h33

O Brasil terá que reavaliar sua política de estímulos à economia para evitar um aumento da inflação a partir do momento em que o país retomar o crescimento econômico, o que deve ocorrer no próximo ano, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório divulgado nesta sexta-feira. No mesmo dia, o fundo abre sua reunião anual, em Tóquio, no Japão.

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A tendência de revisão dos incentivos aparece no relatório “Perspectivas Econômicas Regionais”, sobre a América Latina e o Caribe. No documento, o FMI destaca o caso brasileiro, onde a inflação projetada para este ano é de 5% e, no ano que vem, 5,1% – no levantamento mais recente do Banco Central, a projeção é de 5,42% para 2012 e 5,44% para 2013.

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No mês passado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou alta de 0,57%, a maior taxa desde abril e maior variação para setembro desde 2003. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que inflação já acumula alta de 3,77% neste ano.

Enquanto isso, a prévia do PIB de agosto, divulgada nesta quinta-feira, mostra que a economia brasileira segue sua trajetória de recuperação. O indicador IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) subiu pelo quinto mês consecutivo e apresentou o melhor desempenho em 17 meses, registrando alta de 0,98% na comparação com julho.

Neste ano, a política de estímulos do Palácio do Planalto já prorrogou a redução do Imposto sobre Produtos Importados (IPI) para automóveis e linha branca, entre outras mercadorias, e expandiu o benefício fiscal para outros produtos. O governo também anunciou um pacote de concessões e investimentos no setor de transporte (ferrovias e rodovias) e divulgou um novo plano para diminuição da tarifa de energia elétrica.

América Latina – O FMI também pediu no relatório que a América Latina e o Caribe apliquem políticas destinadas a manter sob controle a velocidade da demanda interna e do crédito, em meio à desaceleração causada por uma evolução “menos propícia” das condições externas.

No relatório de perspectivas para a região, o órgão lembrou que o crescimento na América Latina e no Caribe sofreu uma diminuição pelo impacto da crise econômica na Europa e a ameaça do “precipício fiscal” nos Estados Unidos. O fundo já indicou em seu relatório global, publicado durante esta semana, um rebaixamento de seis décimos nas perspectivas de crescimento da região, que avançaria 3,2% em 2012 e 4% em 2013.

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No documento apresentado nesta sexta, o FMI indica que os países latino-americanos e caribenhos devem “fortalecer os fundamentos macroeconômicos de suas economias, aumentando o espaço fiscal e assegurando a estabilidade financeira”. O crescimento em toda a região desacelerou durante o primeiro semestre do ano diante da queda da demanda. O caso principal é o Brasil, cujo avanço deverá ficar em torno de 1,5% neste ano.

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A médio prazo, o FMI adverte sobre a possibilidade de a China crescer menos do que se espera, o que prejudicaria as exportações da América Latina e “afetaria os preços das matérias-primas”. Neste sentido, o relatório considera que “os preços das matérias-primas seguirão altos” e as políticas monetárias de estímulo nas economias avançadas manterão “condições financeiras externas favoráveis durante algum tempo”. Apesar de tudo, em termos gerais, “as perspectivas a curto prazo exigem vigilância” e um enfoque de gestão de riscos orientado à possibilidade de haver “riscos extremos”, avisou o FMI.

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(Com agência EFE)

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