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Se tiro fosse de arma da PM, Nayara morreria, diz perito

Bate-boca entre advogada de Lindemberg e promotora continuou no sétimo depoimento do dia. Nesta terça-feira, defensora de Lindemberg chegou a sugerir que juíza voltasse a estudar; promotora ameaçou entrar com processo

Por Carolina Freitas, de Santo André
14 fev 2012, 17h00

O clima de confusão instaurado no júri do caso Eloá, no Fórum de Santo André, no ABC paulista, teve sequência no depoimento do perito Hélio Rodrigues Ramacciotti, que falou por 45 minutos ao plenário na tarde desta terça-feira. A defesa do réu Lindemberg Alves tentou, na última hora, dispensar o depoimento do perito, mas enfrentou a oposição da promotoria. A juíza Milena Dias decidiu que a testemunha deveria ser ouvida e considerou a atitude da advogada Ana Lúcia Assad “inusitada” e “inoportuna”.

Ramacciotti foi convocado a pedido da própria defesa e estava isolado desde a manhã de segunda-feira esperando o momento de falar. Quando ele já estava sentado no plenário e tinha respondido às perguntas iniciais da juíza, a advogada Ana Lúcia disse que o dispensava. Com a oposição da promotora Daniela Hashimoto e a decisão da juíza, Ramacciotti depôs e deixou claro: os tiros que mataram Eloá Pimentel, em 16 de outubro de 2008 partiram da arma que estava com Lindemberg Alves, um revólver calibre 32. O réu assistiu a tudo em silêncio e sem esboçar reação.

Questionado pela promotora, o perito, responsável pelos trabalhos de polícia científica no caso Eloá, disse que não foram encontrados no apartamento onde a adolescente de 15 anos foi morta indícios ou evidências de tiros de pistola de calibre ponto 40, usadas pela polícia de São Paulo. A defesa de Lindemberg tem feito ilações de que o tiro que feriu Nayara Rodrigues e matou Eloá poderia ter partido da arma dos policiais que invadiram o apartamento durante o desfecho do sequestro.

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Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos, no Centro Hospitalar Municipal de Santo André
Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos, no Centro Hospitalar Municipal de Santo André (VEJA)

Diferença brutal – O perito, que também é atirador e especialista em armamento, disse que há uma “diferença brutal” entre os dois tipos de arma. Os projéteis têm tamanho e massa distintos e o impacto da ponto 40 é muito superior ao do revólver calibre 32. “Se o disparo fosse de uma ponto 40, Nayara não estaria viva”, afirmou Ramacciotti. “As lesões provocadas por uma bala desse calibre são muito superiores às provocadas pelo revólver calibre 32.” Nayara foi atingida no rosto no desfecho do sequestro. E, depois de passar por uma cirurgia, recuperou-se sem sequelas físicas.

Às 17 horas foi iniciado o depoimento do delegado Sergio Luditza, que foi responsável pela investigação policial do caso.

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