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Marina candidata: ‘Crescimento do PSB é tão importante quanto a criação da Rede’

A prática, contudo, não coincide com o discurso: ela não subirá em todos os palanques do partido nos Estados

Por Marcela Mattos e Talita Fernandes
20 ago 2014, 19h35

Depois de um dia inteiro de reuniões a portas fechadas, que começaram por volta das 11 horas, o PSB formalizou na noite desta quarta-feira a indicação da ex-senadora Marina Silva para encabeçar a chapa à Presidência da República. Às 20h20, Marina iniciou seu pronunciamento na sede do partido em Brasília. A mensagem central do discurso foi de que o vínculo que existia entre ela e Eduardo Campos, morto na semana passada e de quem a ex-senadora anteriormente era vice, agora se estende ao PSB e à Rede Sustentabilidade: “Para mim, tão importante quanto a criação da Rede é o crescimento do PSB. Estamos juntos nesse sentido”. Mas, apesar da retórica de união, Marina não subirá em todos os palanques do PSB nos Estados. “Onde não tem consenso, o PSB terá suas escolhas e a Rede as suas”, disse.

O deputado gaúcho Beto Albuquerque, que patinava na tentativa de se eleger ao Senado neste ano, será o novo vice na chapa.

Ex-petista, ex-ministra de Lula, Marina Silva, depois de sair das eleições 2010 com patrimônio de quase 20 milhões de votos, passou a articular a criação de um partido, a Rede Sustentabilidade. Seu propósito era concorrer ao Palácio do Planalto neste ano por essa legenda, mas os planos foram frustrados pela Justiça Eleitoral, que indeferiu o pedido de registro da agremiação por problemas formais. Sem legenda, ela aceitou filiar-se ao PSB como vice numa chapa encabeçada por Eduardo Campos, principal líder da sigla. Nos dez meses entre o anúncio da parceria, o que transparecia é que a união era entre duas personalidades políticas fortes, muito mais do que entre dois partidos. O principal indício disso era na maneira como Marina se recusava a endossar algumas alianças do PSB nos estados. Ela não escondia que viabilizar a Rede no aspecto legal era sua prioridade. É justamente essa a grande novidade no discurso de hoje: o fato de ela colocar PSB e Rede no mesmo plano.

“Sinto-me parte solidária e interessada que o PSB leve adiante os planos de futuro partidário que tinham a inspiração de Campos. Sem Eduardo, temos hoje o que sempre nos uniu: a consciência clara de onde queremos chegar juntos. O programa é o pacto selado, o acordo maior que nos une”, disse.

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Mas o fato é que as arestas não foram aparadas: as divergências entre o PSB e os “marineiros” nos palanques estaduais continuam. “Hoje temos catorze estados com Rede e PSB juntos. O que foi decidido em termos de coligação é que o PSB tinha o direito de escolher essas alianças e que eu seria preservada de ter que apoiá-las. Nesse momento, permanece o mesmo que fizemos”, afirmou Marina. “O Beto representará o PSB junto a essas alianças e eu estarei ao lado dos candidatos do PSB a deputado estadual e federal como já estava antes.”

Campos – O luto pela trágica morte de Campos permeou a longa jornada de negociações e também se refletiu no discurso de Marina, que se emocionou e teve de interromper a fala com a voz embargada. “Tudo aquilo que fizemos juntos é o que faremos daqui pra frente. Quero agradecer a todos vocês que comigo e Beto… Beto e eu… é difícil. A gente falava Eduardo e Marina”, disse, ao se apresentar pela primeira vez como parte de uma nova chapa.

A partir desta quinta-feira, Marina terá pouco mais de dois minutos na propaganda eleitoral de rádio e televisão.

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