Dez cidades da Grande São Paulo seguem sem ônibus nesta sexta
EMTU estima que 120.000 pessoas sejam afetadas. Na capital, ônibus voltaram a circular, mas Metrô e trem apresentam lentidão
Por Bruna Fasano
23 Maio 2014, 09h06
Em dez cidades da Grande São Paulo, motoristas e cobradores de ônibus seguem de braços cruzados nesta sexta-feira. A viação Mobibrasil, que atende Diadema e São Bernardo do Campo, e a Viação Osasco, que atende Osasco, Carapicuíba, Barueri, Santana de Parnaíba, Itapevi, Jandira, Cotia e Pirapora do Bom Jesus estão completamente paradas. Já a viação Urubupungá, que atende Osasco e Carapicuíba, opera com frota reduzida. A Força Tática da Polícia Militar está na porta da garagem da viação Osasco e tenta garantir que alguns coletivos sejam colocados nas ruas para atender parte da população. Apenas trinta ônibus foram liberados até agora. Não há previsão de normalização. A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) calcula que pelo menos 120.000 pessoas sejam afetadas pela paralisação.
A empresa Mobibrasil transporta 15.000 passageiros por dia e a Viação Osasco, 75.000 pessoas. Apenas a paralisação dessas duas empresas afetam diretamente ao menos 90.000 pessoas. A EMTU alega que tenta negociar com grevistas, mas a pulverização do movimento, que não tem líderes claros, dificulta a retomada do trabalho e a negociação das reivindicações. Os motoristas e cobradores de coletivos pedem reajuste e equiparação salarial com os trabalhadores do ABC além de mais benefícios.
O tempo chuvoso piora o trânsito e deve aumentar ainda mais o aborrecimento dos passageiros com a falta de transporte público. Na capital paulista, depois do caos com a greve, ônibus voltaram a circular normalmente nesta sexta. O trânsito, contudo, segue acima da média nesta manhã: às 9 horas, a cidade registrava 153 quilômetros de vias congestionadas.
Metrô e trens – As linhas 3-Vermelha, 1-Azul e 2-Verde do Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão operando com velocidade reduzida na manhã desta sexta. A demora causa filas nas estações e maior tempo de espera pelas composições. Na Estação Corinthians-Itaquera, na Zona Leste, as filas são tão grandes que chegam a sair do prédio da estação.
O Metrô informa que, por problemas na via entre as estações Sé e Brás, os trens estão circulando com velocidade reduzida.
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) manifestou-se a favor da declaração de abusividade da greve dos rodoviários da capital paulista. O órgão pediu o desconto dos dias parados e a fixação de indenização por dano moral coletivo. Sem acordo entre o sindicato patronal e os representantes dos trabalhadores, em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a abusividade da greve e as possíveis punições aos grevistas serão julgadas pela Justiça na segunda-feira.
Apesar de não chegarem a um consenso, os dois sindicatos informaram que a paralisação de motoristas e cobradores de ônibus está encerrada na capital.
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