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Assessor recebeu de Cachoeira por serviço a Perillo

Segundo o jornalista Luiz Carlos Bordoni, o pagamento, feito pela Alberto e Pantoja, foi comandado por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor do governador

Por Da Redação
1 jun 2012, 07h00

Responsável pela propaganda eleitoral de Marconi Perillo (PSDB) no rádio em 2010, o jornalista Luiz Carlos Bordoni afirma que uma empresa do esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira foi usada para pagar os serviços de publicidade que ele prestou para a campanha do governador goiano. Segundo Bordoni, o pagamento, feito pela Alberto e Pantoja, empresa fantasma que segundo a Polícia Federal era controlada por Cachoeira, foi comandado por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo.

O depósito de 45 000 reais, referente à metade do total de 90 000 reais que o jornalista diz ter ficado pendente de pagamento após as eleições, foi feito pela Alberto e Pantoja na conta da filha de Bordoni, Bruna Bordoni, em 14 de abril de 2011, e consta dos autos da Operação Monte Carlo. Segundo o jornalista, o pagamento saiu depois de ele ter cobrado a dívida, já pendente havia seis meses, do staff de Perillo. Quem cuidou da operação foi o assessor do governador.

“O sr. Lúcio Gouthier me ligou perguntando o número da minha conta para depositar esse dinheiro. Eu disse a ele que estava viajando, e que minha filha, que paga minhas contas e administra as minhas coisas, iria receber. Dei o número da conta dela. De repente, essa conta foi passada para a Pantoja”, sustentou Bordoni, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “O dinheiro foi depositado pela Pantoja na conta da minha filha. Era dívida de campanha do governador Marconi Perillo. 90 000 reais de saldo do trabalho que prestei a ele no programa de rádio na campanha de 2010”.

Assessor – Lúcio Gouthier é o assessor de Perillo que assinou documento afirmando ter recebido 1,4 milhão de reais pela casa do governador, que supostamente foi vendida para Carlinhos Cachoeira. Ele também é suspeito de ter recebido 500 000 reais, que teriam sido enviados pelo braço direito do contraventor, Wladimir Garcez, ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, em uma caixa de computador.

A assessoria de Perillo nega ter feito os pagamentos por meio da empresa. “O Lúcio Gouthier é o homem que resolve todas as questões pendentes das campanhas eleitorais. Ele se responsabilizou por isso, ele resolveu e ele pagou. Pediu o número da conta pra depositar e depositou”, afirma Bordoni, que comandou todas as propagandas eleitorais de Perillo no rádio desde 1998, e, em 2010, além de dirigir os programas, foi também o locutor.

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Bordoni afirma que ele e Bruna só se deram conta da origem do pagamento quando o nome da filha apareceu na quebra de sigilo da Alberto e Pantoja. Bruna chegou a ser nomeada em 2005 como assessora do senador Demóstenes Torres, mas não tomou posse porque foi diagnosticada com uma doença no fígado e teve de fazer um transplante. Segundo Bordoni, a nomeação era um gesto de gratidão porque ele havia feito a campanha de Demóstenes ao Senado em 2002 sem cobrar.

O jornalista declarou conhecer Perillo desde que o governador integrava o PMDB Jovem na década de 1980, e disse ter “relação de amizade” com o tucano. Bordoni afirmou ter resolvido vir a público denunciar o pagamento quando o nome de sua filha foi citado durante o depoimento de Demóstenes no Conselho de Ética, nesta quarta-feira, e por ter tido sua credibilidade sob suspeita. “Prestei o serviço honestamente. Não vou deixar que ninguém venha avacalhar minha credibilidade por causa de Cachoeira”.

(Com Agência Estado)

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