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Zelensky assina lei de mobilização para reforçar tropas ucranianas

Versão inicial do projeto continha medidas muito mais rigorosas, mas proposta provocou uma série de protestos públicos

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h14 - Publicado em 16 abr 2024, 13h02

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sancionou nesta terça-feira, 16, um projeto de lei que reformula as regras de mobilização do Exército, em meio aos esforços para aumentar o número de soldados nas tropas do país e nas linhas de frente contra a Rússia.

A nova lei, que entra em vigor um mês após aprovação parlamentar, torna obrigatório que os homens atualizem seus dados de recrutamento junto às autoridades, além de aumentar o pagamento dos voluntários e acrescentar punições para os homens que se esquivam do recrutamento.

A versão inicial do projeto continha medidas muito mais rigorosas, mas a proposta provocou uma série de protestos públicos e passou por 4.000 alterações antes de ser apresentada ao parlamento.

No início do mês, Zelensky assinou outra lei que reduz a idade de recrutamento de 27 para 25 anos, também com objetivo de aumentar as tropas ucranianas.

Desvantagem ucraniana

Apesar da nova lei buscar mobilizar mais homens para a luta contra a Rússia, alguns militares e analistas acreditam que ela não será suficiente para combater a enorme escassez no exército da Ucrânia. Segundo o principal comandante militar da linha de frente oriental da Ucrânia, Kiev tem 10 vezes menos forças militares do que os russos. 

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Além da falta de soldados, as tropas ucranianas também enfrentam uma escassez de armas. O atraso na entrega de munições vindas da União Europeia e o bloqueio do financiamento estadunidense pelos republicanos no Congresso aumentaram a desvantagem em relação ao exército russo.

Na semana passada, o chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrsky, afirmou que a situação na frente oriental está cada vez mais crítica e que as tropas russas pretendem invadir a cidade de Chasiv Yar até o dia 9 de maio. Depois disso, Zelensky pediu à seus aliados ocidentais nesta segunda-feira, 15, que a Ucrânia recebesse o mesmo apoio defensivo dado à Israel. 

As autoridades ucranianas também afirmaram que Moscou pode estar se preparando para uma nova ofensiva prevista para o final desta primavera ou início do verão.

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