A líder esquerdista Xiomara Castro, de 62 anos, declarou-se vitoriosa nas eleições presidenciais de Honduras nesta segunda-feira (29).
Apesar disso, menos de 50% das urnas foram apuradas até o momento e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) advertiu que nenhum dos candidatos têm margem suficiente para declarar-se vencedor.
Segundo informações divulgadas pelo órgão eleitoral, Castro tem 53,52% dos votos até o momento, contra 33,95% de Nasry Asfura, do Partido Nacional, de direita, e prefeito da capital, Tegucigalpa.
Em terceiro está o candidato do Partido Liberal, Yani Rosenthal, com 9,20%.
A votação pode marcar um retorno da esquerda ao poder em Honduras 12 anos depois que seu marido, Manuel Zelaya, foi deposto da presidência por um golpe de estado.
Ela também deverá ser a primeira mulher a ocupar a chefia do Executivo de Honduras.
Segundo observadores internacionais, a votação realizada no último domingo (28) transcorreu sem problemas.
É uma diferença marcante em contraste com o pleito de quatro anos atrás, quando o resultado apertado foi sucedido por protestos violentos e suspeitas de fraude.
Socialista, Castro conquistou o apoio de uma ampla faixa de hondurenhos cansados da corrupção e da concentração de poder que empreendida pelo Partido Nacional.
“Nós voltamos ao autoritarismo”, disse ela a apoiadores na noite de domingo.
Castro declarou que pretende reverter o enfraquecimento do sistema Judiciário hondurenho, acusado de beneficiar corruptos.
Ela prometeu ainda obter ajuda da ONU para fortalecer a luta contra a corrupção e legalizar o aborto em alguns casos.
Também disse que pretende estreitar as relações diplomáticas com a China.