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Xangai volta ao lockdown após afrouxar restrições da Covid-19

Governo da cidade fechará distrito de 2,7 milhões de pessoas para realizar testes em massa; população teme prolongamento do confinamento

Por Da Redação
9 jun 2022, 10h57

Autoridades de saúde de Xangai, na China, anunciaram na quinta-feira, 9, o retorno ao confinamento obrigatório em algumas áreas da cidade por causa do reaparecimento de novos casos de Covid-19.Xangai volta ao lockdown após afrouxar restrições da Covid-19Xangai volta ao lockdown após afrouxar restrições da Covid-19 A medida ocorre após o alívio das restrições sanitárias na semana passada.

Um comunicado publicado nas redes sociais oficiais do governo de Minhang, distrito do sudoeste do país, informou que a área será fechada na manhã de sábado, 11, para a realização de testes nos 2,7 milhões moradores da região.

“O fechamento será suspenso após a coleta de amostras”, disseram as autoridades, sem dar uma data ou hora específica. O comunicado também não disse quais medidas seriam impostas se algum morador do distrito testar positivo para a doença.

A cidade flexibilizou muitas restrições na semana passada, depois de uma quarentena geral que manteve em casa, desde março, seus 25 milhões de habitantes enquanto a China enfrentava seu pior surto de Covid em dois anos.

+ Xangai promete ‘vida normal’ em junho após restrições por surto de Covid

Apesar do afrouxamento das medidas sanitárias na última semana, que permitiu que boa parte da população pudesse transitar livremente pela cidade, a metrópole não se afastou totalmente da política chinesa de “Covid zero” e manteve ainda 650.000 pessoas confinadas em suas casas.

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Segundo a estratégia de contenção do vírus na China, todos os casos positivos são isolados e os contatos próximos – geralmente incluindo todo o prédio ou comunidade do infectado – são colocados em quarentena.

+ China pode ter 1,5 milhão de mortes se abandonar política de ‘Covid zero’

Xangai relatou nove novas infecções locais na quinta-feira – nenhuma em Minhang, distrito alvo da medida de isolamento. O anúncio do fechamento da região provocou temores na população de que o bloqueio possa ser prolongado, se algum caso da doença for encontrado. 

Mesmo com um número relativamente baixo de mortes por Covid, a China aplicou lockdowns totais ou parciais em pelo menos 27 cidades do país. As restrições afetaram cerca de 165 milhões de pessoas, com a perda de renda, a dificuldade para encontrar comida, além do desgaste mental com o isolamento prolongado.

O fechamento de Xangai, principal centro econômico da China também causou impactos em cadeias de suprimentos internacionais.

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Algumas fabricantes instaladas na cidade, como a Tesla e a Volkswagen, foram particularmente impactados pelo bloqueio, uma vez que seus funcionários estiveram impossibilitados de se dirigir à fábrica.

Ao longo da pandemia, a China manteve uma estratégia de restrições rigorosas, aplicando testes em massa, quarentenas e fechamento de fronteiras para conter o vírus. Mas a chegada da variante Ômicron, altamente infecciosa, fez os casos da doença dispararem em março, fazendo o país mais populoso do mundo retornar à situação de calamidade.

+ Como o lockdown total de Xangai impacta economias em todo o globo

Mas a cidade voltou lentamente à vida nos últimos dias, as pessoas voltando a trabalhar em seus escritórios e a circular em transportes públicos. Paralelamente, a capital Pequim está fazendo uma transição mais suave para a normalidade depois de fechar restaurantes, academias e estações de metrô no mês passado para conter um surto menor.

 

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