Vídeo revela pânico em balsa que afundou na Coreia do Sul
Imagens foram registradas pelo celular de uma das vítimas do naufrágio
Por Da Redação
1 Maio 2014, 20h09
Veja.com (Veja.com/VEJA.com)
Continua após publicidade
1/39 Parentes choram em frente ao memorial de vítimas do naufrágio do Sewol, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
2/39 Centenas de pessoas deixaram bilhetes e homenagens no memorial das vítimas do naufrágio do navio Sewol, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
3/39 Bandeira exposta em memorial homenageia as vítimas do naufrágio da embarcação Sewol no último dia 16, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
4/39 Barcos da Guarda Costeira e equipes de busca realizam operações de resgate na região do náufrago da embarcação Sewol, na Coréia do Sul (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
5/39 Na Coréia do Sul, parentes das vítimas do naufrágio do navio Sewol se abraçam. O acidente deixou mais de 170 mortos (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
6/39 Mergulhadores realizam operações de resgate na área onde o navio Sewol naufragou na região de Jindo, Coréia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
7/39 Mulher atende uma vigília à luz de velas em Ansan, para homenagear as vítimas da balsa de passageiros que naufragou na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
8/39 Um parente de uma vítima da balsa que naufragou na Coréia do Sul reza junto ao mar no porto de Jindo (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
9/39 Mulher chora enquanto reza durante uma vigília à luz de velas em Ansan, para homenagear as vítimas da balsa de passageiros que naufragou na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
10/39 Equipes de resgate operam na região onde uma balsa de passageiros naufragou em Jindo, na Coreia do Sul (Issei Kato/Reuters/VEJA)
11/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo (Yonhap/AP/VEJA)
12/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo (Yonhap/AP/VEJA)
13/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Yonhap/AP/VEJA)
14/39 Mar é contaminado com derramamento de óleo no local do naufrágio da balsa Sewol, a 20 km da costa da Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
15/39 Os familiares dos passageiros desaparecidos do barco sul-coreano "Sewol", que afundou no mar, aguardam em uma academia em Jindo (Lee Jin-man/AP/VEJA)
16/39 Familiares dos passageiros desaparecidos da balsa sul-coreana Sewol rezam em Jindo, na Coreia do Sul (Park Dong-ju/Yonhap/Reuters/VEJA)
17/39 Equipes de resgate instalam boias marcando o local onde a balsa Sewol naufragou, na costa de Jindo, sul da Coreia do Sul (Yonhap/AP/VEJA)
18/39 Os familiares dos passageiros desaparecidos do barco sul-coreano "Sewol", que afundou no mar, aguardam em uma academia em Jindo (Ahn Young-joon/AP/VEJA)
19/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Park Jung-ho/Reuters/VEJA)
20/39 Monge budista reza pelos passageiros desaparecidos que estavam na balsa sul-coreana Sewol (Issei Kato/Reuters/VEJA)
21/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Jeon Heon-Kyun/EFE/VEJA)
22/39 Familiares dos passageiros desaparecidos da balsa sul-coreana Sewol rezam em Jindo, na Coreia do Sul (Park Jung-ho/Reuters/VEJA)
23/39 Estudantes Danwon High School seguram cartazes com mensagens para seus amigos que estão desaparecidos, após o desastre da balsa que naufragou com 475 passageiros em Jindo, na Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
24/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo, nesta quinta-feira (17) (Yonhap/Reuters/VEJA)
25/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
26/39 Familiares de passageiros aguardam notícias após naufrágio de uma balsa com 475 na Coreia do Sul, nesta quarta-feira (16) (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
27/39 Familiares de passageiros aguardam notícias após naufrágio de uma balsa com 475 na Coreia do Sul, nesta quarta-feira (16) (Jung Yeon-JE/AFP/VEJA)
28/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (West Regional Headquarters Korea Coast Guard/News1/Reuters/VEJA)
29/39 Familiares aguardam informações dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Jung Yeon-Je/AFP/VEJA)
30/39 Familiares aguardam informações dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Ahn Young-joon/AP/VEJA)
31/39 Menina é resgatada do navio Sewol que transportava cerca de 470 pessoas e naufragou na Coreia do Sul (Hyung Min-woo/Yonhap/Reuters/VEJA)
32/39 Mãe de um dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul se emociona ao encontrar o nome do filho na lista de sobreviventes (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
33/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Dong-A-Ilbo/AFP/VEJA)
34/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters/VEJA)
35/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters/VEJA)
36/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
37/39 Barco de resgate se aproxima de navio que naufragou (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
38/39 Horas após início do naufrágio, embarcação estava quase completamente submersa (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
39/39 Navio de passageiros afunda na costa da Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
O pai de um dos estudantes mortos no naufrágio de uma balsa na Coreia do Sul há cerca de duas semanas divulgou um vídeo gravado com o celular do filho de 17 anos, em uma das cabines. As imagens revelam o pânico de um grupo de estudantes que não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas percebia que o navio estava afundando. Eles chegam a fazer alguns comentários bem-humorados, mas logo sentem a gravidade da situação.
Em um trecho divulgado pelo jornal britânico The Daily Telegraph, um deles chega a dizer que “com certeza a história vai parar nos noticiários”. Outro comenta que isso só vai acontecer se o navio afundar, e recebe logo a resposta: “Está afundando agora”. Pelo sistema de som, os passageiros são orientados a permanecer onde estão, mesmo com a inclinação da balsa. “Não se afastem de seus lugares e se preparem para um possível acidente”. Outros anúncios repetem a ordem, ao mesmo tempo em que alguns alunos manifestam vontade de sair da cabine. A última mensagem gravada diz: “Estamos repetindo: os passageiros que podem vestir coletes salva-vidas, por favor os coloquem agora. E não saiam dos seus lugares”.
“Eu realmente vou morrer?”, pergunta um jovem. “Mãe, eu te amo. Pai, eu te amo. Eu amo vocês dois”, diz outro aluno.
As imagens foram recuperadas da memória do telefone celular do estudante Park Su-Hyeon, de 17 anos, cujo corpo foi recuperado pelas equipes de resgate. À agência Associated Press, Park Jong-dae, pai do estudante, disse que queria mostrar ao mundo as condições a bordo do navio Sewol no momento do naufrágio. A rede CNN também divulgou trechos da gravação, assim como a imprensa sul-coreana.
O Sewol deixou o Porto de Incheon para uma viagem de catorze horas até a ilha turística de Jeju. Embora tivesse capacidade para 900 pessoas, o barco levava 475. Dessas, 325 eram estudantes de um colégio da cidade de Ansan, localizada ao sul de Seul. Tinham 16 ou 18 anos. Catorze professores os acompanhavam. Na manhã do último dia 16, os passageiros sentiram um baque e o navio começou a tombar rapidamente. Quarenta minutos depois, apenas cinco pessoas haviam sido resgatadas, incluindo o capitão, Lee Joon-seok, de 69 anos, um dos primeiros a abandonar a balsa.
Até o momento, o número confirmado de mortos chega a 210. Os desaparecidos são 92. As autoridades coreanas afirmam que o capitão falhou ao não ordenar a evacuação imediata do navio. Acredita-se que a embarcação fez uma manobra brusca que deslocou todo o peso de sua carga para um lado, o que provocou um desequilíbrio que fez a balsa virar.
O capitão e vários membros da tripulação foram detidos. O naufrágio também resultou na renúncia do primeiro-ministro Chung Hong-won, e, após críticas, a presidente Park Geun-hye pediu perdão pela falta de medidas de prevenção e pelo gerenciamento inadequado do acidente por parte do governo.
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.