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Coreia do Sul: capitão de barco agiu como assassino, diz presidente

Conduta de comandante, que abandonou embarcação no momento do naufrágio, é 'uma espécie de ato de assassinato', declarou Park Geun-hye

Por Da Redação
21 abr 2014, 00h31

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, criticou nesta segunda-feira a decisão do capitão do barco Sewol, naufragado na quarta-feira passada, de abandonar a embarcação deixando para trás os passageiros e qualificou como um “ato de assassinato” a conduta do comandante Lee Joon-Seok nos momentos-chave.

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“A conduta do capitão e alguns membros da tripulação é incompreensível desde o bom senso e uma espécie de ato de assassinato que não pode nem deve ser tolerado”, afirmou Park durante uma reunião com altos oficiais do governo cujo conteúdo foi divulgado pela agência de notícias local Yonhap. A chefe do Estado também prometeu achar todas as irregularidades que rodeiam o Sewol e obrigar os responsáveis a assumir responsabilidades “penais e civis”.

Além de atacar o capitão, ao qual são atribuídas diversas decisões errôneas que podem ter elevado o número de vítimas, Park também reconheceu que houve sérios problemas com a resposta inicial do governo à tragédia, que já soma mais de 300 mortos ou desaparecidos – até agora 64 corpos foram encontrados, mas a estimativa é que muitos mais estejam submersos. Outras 174 pessoas que foram resgatadas.

Prisão – Os promotores que investigam o caso afirmaram neste domingo que pretendem estender a detenção do capitão Lee Joon-Seok e de dois membros da tripulação em até trinta dias, segundo a agência Reuters. Eles foram detidos no sábado por dez dias pela polícia e outros dez pelos promotores, prazo que pode se estender a até um mês caso o novo pedido da promotoria seja aceito.

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No momento do acidente, o comandante confirmou que não estava à frente da embarcação. No timão, estava um integrante da tripulação, conhecido como Jo, de 55 anos, sob as ordens da terceira oficial, uma jovem que nunca havia navegado pela região. O capitão e dois tripulantes foram levados para a delegacia de Jindo, ilha vizinha ao local da tragédia e que está servindo como centro da operação de resgate.

Lee Joon-seok tentou explicar os motivos de sua decisão de adiar a saída dos passageiros depois que a embarcação ficou imobilizada. “Os barcos de emergência não haviam chegado. Também não havia pesqueiros ou quaisquer outros barcos que pudessem nos ajudar”, declarou o capitão com a cabeça abaixada e coberta por um capuz. “As correntes eram fortes e a água estava muito fria. Pensei que os passageiros seriam arrastados e teriam dificuldades se a retirada acontecesse em desordem, sem coletes salva-vidas”, disse.

As pessoas que estavam a bordo receberam ordem para que permanecessem em seus assentos por mais de quarenta minutos, segundo sobreviventes. Quando a balsa começou a afundar, era muito tarde, já que os passageiros não conseguiam avançar pelos corredores inclinados, ao mesmo tempo em que a água dominava a embarcação.

Mais detenções – Quatro novos membros da tripulação foram detidos nesta segunda-feira por supostamente abandoná-la sem atender à segurança dos passageiros, informou a rede de televisão YTN. A promotoria não revelou por enquanto as acusações concretas contra os novos detidos.

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(Com agências France-Presse e EFE)

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