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Vídeo: Entenda como funciona o 1,5 milhão de ‘bunkers’ em Israel

Com paredes e teto de concreto, piso de 20 a 30 cm de espessura e portas e janelas de aço herméticas, abrigos oferecem proteção contra bombardeios

Por Pedro Cardoni
Atualizado em 10 out 2023, 15h05 - Publicado em 10 out 2023, 13h28
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  • Cercado por vizinhos hostis, Israel, possui uma lei que exige a construção de bunkers, ou abrigos antibomba, no país. Em meio ao maior conflito da sua história com o grupo terrorista Hamas, que começou no último sábado, 7, esses “quartos seguros”, antes usados esporadicamente, tornaram-se essenciais para a proteção contra centenas de ataques com foguetes dos extremistas islâmicos.

    Em 1951, três anos depois de o Estado de Israel ter declarado a sua independência, o país instituiu uma lei de defesa civil exigindo que todas as casas, edifícios residenciais e escritórios fossem equipados com abrigos, ou “salas seguras”. Essas leis evoluíram com o tempo devido aos novos conflitos na região e o avanço tecnológico no meio militar.

    O Ministério de Defesa israelense estima que haja cerca de 1,5 milhão de estruturas do tipo no país. De acordo com a legislação atual, todos os prédios ou casas devem conter pelo menos um quarto fortificado por andar. Construções mais antigas podem ter abrigos coletivos, que vários moradores usam para se proteger.

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    Os bunkers vêm em todas as formas e tamanhos. Além dos abrigos antiaéreos subterrâneos mais tradicionais, existem estacionamentos subterrâneos que podem ser convertidos em áreas à prova de armas nucleares e até hospitais capazes de acomodar milhares de pessoas. Escolas inteiras também são revestidas de concreto armado, com janelas à prova de explosão.

    Porém, o modo de abrigo mais popular entre os israelenses são as famosas “salas seguras”, ou “mamads”, como foram apelidados pelos israelenses os pequenos cômodos destinados a resistir a ataques de foguetes. Esses cômodos possuem paredes e teto de concreto armado, piso de 20 a 30 cm de espessura e portas e janelas de aço herméticas, com trancas que penetram as paredes bem fundo, oferecendo proteção também contra armas químicas e biológicas.

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    Muitos desses abrigos antiaéreos são reaproveitados no dia a dia para usos mais amplos, como estúdios de dança, centros comunitários, pubs, mesquitas e sinagogas. Um exemplo desse tipo de bunker coletivo fica em um prédio ao lado da Universidade de Tel Aviv.

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    As “mamads” são consideradas uma opção preferível a um abrigo antiaéreo quando o tempo de alerta é muito curto para os residentes chegarem a um local seguro, visto que elas normalmente estão muito mais próximas (ou dentro) das casas.

    Ao ouvir as sirenes disparadas pelo sistema de defesa do país, os cidadãos devem se dirigir, sem correr, para um espaço de proteção – em um espaço de tempo que pode variar de 2 minutos a 15 segundos. Depois, precisam esperar lá até 10 minutos após o fim do alarme, para esperar que todos os explosivos sejam interceptados pelo sistema de defesa do país, o “Domo de Ferro”, e os estilhaços caiam. 

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