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Vida normal não voltará até novembro no Reino Unido, diz premiê

Governo britânico aposta em reabertura cuidadosa; estudo de Oxford aponta possível superestimativa de mortos por Covid-19 no país

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jul 2020, 09h59 - Publicado em 17 jul 2020, 09h30

A pandemia de coronavírus demanda paciência e bom senso em qualquer parte do planeta. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta sexta-feira, 17, que a vida normal não voltará por completo no país até pelo menos novembro, alertando que casas noturnas e áreas de lazer precisam permanecer fechadas, ao mesmo tempo que festas de casamento terão de seguir limitadas.

Johnson disse que a presença de público em eventos esportivos será permitida a partir de outubro. Mas afirmou que o governo avalia uma volta mais significativa ao normal a partir de novembro. Segundo o premiê, todas as restrições devem ser completamente levantadas até o Natal.

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O número diário de mortes registradas pela Covid-19 continua a cair de forma significativa no país, graças aos esforços de isolamento social e investimentos do governo. Ainda assim, Johnson pediu cautela para que tudo siga bem.

O país ainda está em pleno processo de reabertura. Nas últimas semanas, estabelecimentos como restaurantes, pubs e salões de beleza foram autorizados a voltar a funcionar. Alguns pequenos surtos localizados nos populares bares ingleses, porém, obrigaram alguns comerciantes a fechar novamente. A partir de 1 de agosto outros estabelecimentos podem reabrir, como cassinos e pistas de patinação. Casas noturnas e outras áreas de lazer fechadas permanecerão fechados.

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O Reino Unido está próximo atualmente dos 300.000 casos e tem pouco mais de 45.000 mortes registradas – é atualmente o terceiro país do mundo com mais óbitos. A nação vem investindo de forma ampliada na testagem em massa, com uma média de 200.000 exames de coronavírus por dia. Segundo Johnson, porém, essa cifra deverá ser ampliada para mais de 500.000 testes diários antes do inverno no hemisfério norte.

Números superestimados

Um estudo da Universidade de Oxford aponta para a possibilidade de que o número de mortes pelo novo coronavírus no Reino Unido fora dos hospitais seja menor do que se pensava até então.

De acordo com o método das autoridades de saúde inglesas (Public Health England), “um paciente que deu positivo, mas foi curado com sucesso e conseguiu deixar o hospital, será contabilizado como morto por Covid-19, mesmo que tenha sofrido um ataque cardíaco, ou tenha sido atropelado por um ônibus três meses depois”.

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Quando um paciente morre, o registro central do NHS, o serviço público de saúde britânico, recebe uma notificação. A lista de todos os casos confirmados é revista todos os dias para verificar se há pacientes falecidos.

De acordo com o estudo, é hora de “resolver esse erro estatístico que leva a exagerar o número de mortes associadas à Covid-19”. Os autores da publicação enfatizam que o estudo não foi submetido à avaliação do comitê de leitura.

(Com Reuters e EFE)

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