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Venezuela tem regime ‘desagradável’ e ‘viés autoritário’, mas não é ditadura, diz Lula

Declarações ocorrem depois de o petista afirmar que não reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas eleições e que ele 'deve explicações'

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 ago 2024, 13h10 - Publicado em 16 ago 2024, 10h31
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    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante abertura da força-tarefa da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no G20. (Youtube/Reprodução)

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 16, que a Venezuela vive um regime “desagradável” e com “viés autoritário”, mas negou que se trate de uma uma ditadura. Os comentários ocorrem depois de o petista ter afirmado que não reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas eleições e que ele “deve explicações”.

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    Em declarações feitas em entrevista à Rádio Gaúcha em meio à viagem de Lula ao Rio Grande do Sul, o presidente foi questionado pelo veículo se considerava o regime venezuelano uma ditadura. Ele respondeu achar “que a Venezuela vive um regime muito desagradável”.

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    “Não acho que é uma ditadura. É diferente de ditadura. É um governo com viés autoritário, mas não é uma ditadura como conhecemos em vários países do mundo”, afirmou.

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    O mandatário brasileiro afirmou ainda que Maduro tentou barrar a ida do assessor especial Celso Amorim para acompanhar o processo eleitoral, mas voltou atrás após Lula ameaçá-lo de publicizar o assunto.

    “Quando o Celso Amorim ia viajar para a Venezuela eu fui informado que eles tinham pedido para o Celso Amorim não ir para a Venezuela. Eu mandei comunicar a eles que, se o Celso Amorim não pudesse ir, eu comunicava a imprensa que a Venezuela estava impedindo o Celso Amorim. Aí deixaram o Celso Amorim ir”, afirmou à Rádio Gaúcha.

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    O presidente acrescentou que discordava da nota publicada por seu partido, o PT, logo após a realização do pleito, que comemorou a reeleição de Maduro de forma “democrática e soberana”. Ele também descartou a possibilidade de guerra civil na Venezuela, uma preocupação externada por Amorim.

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    “Acho que há muitos países com disposição de ajudar que a gente viva em paz na América do Sul. A guerra não leva a nada, a guerra só leva à destruição. A paz leva ao crescimento econômico, distribuição de riqueza. É isso que eu espero para a Venezuela. É isso que eu torço para a Venezuela”, declarou.

    Posicionamento de Lula

    Na véspera, em entrevista à Rádio T, de Curitiba, o petista afirmou que o líder venezuelano sugeriu a realização de um novo pleito e pressionou Maduro a prestar elucidações sobre o triunfo, declarado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão federal controlado pela ditadura. Sobre o fato de reconhecer ou não o pleito, Lula disse: “Ainda não (reconheço que ganhou a eleição). Ele sabe que está devendo uma explicação. Ele sabe disso”.

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    “Se ele (Maduro) tiver bom senso, poderia fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições e estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê nacional que participe todo mundo e deixe entrar olheiros do mundo inteiro”, acrescentou.

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    Nesta sexta-feira, ele pareceu recuar, afirmando preferir esperar a decisão da Justiça local acerca do contestado resultado das eleições. “Vamos esperar porque agora tem uma Suprema Corte que está com os papéis para decidir. Vamos esperar qual será a decisão disso”, afirmou Lula.

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    Por que a oposição contesta o resultado?

    Em 29 de julho, o CNE apontou a reeleição Maduro com 51% dos votos, contra 44% de González, que substituiu María Corina, vencedora das primárias da oposição, após ser inabilitada pelo regime chavista. Em contraste, levantamentos de boca de urna sugeriram que o rival de Maduro teria vencido o pleito com 65% de apoio, contra apenas 31% do líder bolivariano.

    Uma projeção da oposição com base em 80% dos boletins de urna que conseguiram obter mostrou resultado semelhante. O principal ponto de questionamento da oposição e da comunidade internacional é que o regime não divulgou os resultados na totalidade, sem a publicação das atas das zonas eleitorais – relatórios que reúnem informações de cada centro de votação.

    Logo após o pleito, o governo brasileiro disse à Venezuela que não reconhecerá a reeleição de Maduro sem que as atas de todas as urnas sejam publicadas, tentando, junto da Colômbia e do México, a abertura de diálogo entre o governo e a oposição.

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