O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, informou nesta terça-feira que 14 pessoas estão presas pelo suposto atentado contra o presidente Nicolás Maduro no início do mês. Entre os detidos estão dois militares. A Interpol mantém alerta vermelho para outros 27 suspeitos.
“Até o momento desta entrevista coletiva, 14 presos já foram apresentados e acusados pelo Ministério Público. Repito, apresentados e acusados nos tribunais 14 dos 34 envolvidos”, disse Saab.
De acordo com Saab, na segunda foram apresentados o coronel Pedro Javier Zambrano Hernández, o general da Guarda Nacional Bolivariano Alejandro Pérez Gamez, o deputado Juan Requesens, Bryan de Jesús Oropeza Ruíz, Yanin Fabiana Pernía Coronel, Luis Alberto Guerra e José Gregorio Blanco.
Além disso, entre os dias 7 e 8 foram apresentados Juan Monasterios Venegas – a quem o governo acusa de “coordenar o ataque” –, Argenis Valero Ruíz, José Rivas Díaz, Yolmer Escalona Torrealba, Alberto Bracho Rosquez, José Estrada e Emilendris Benítez.
O promotor reiterou que “vários” envolvidos estão em outros lugares, como os Estados Unidos. Na Colômbia, estaria o deputado Julio Borges, apontado pelo governo como o autor “intelectual” do atentado. Por isso, o país encaminhou pedido de busca à Interpol.
No dia 4 de agosto, Maduro interrompeu um ato público de celebração do aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), a tropa de choque de seu governo, depois que drones com explosivos foram detonados nas proximidades do evento. O deputado Juan Requesens foi preso e, em procedimento acelerado, perdeu a imunidade parlamentar, da mesma forma que o parlamentar Borges.
As prisões arbitrárias de Requesens e de Borges, entre outros, levaram os países do Grupo de Lima, entre os quais o Brasil, a emitir um apelo a Caracas pela condução de uma “investigação independente, exaustiva e transparente” do atentado.
Na nota divulgada no último dia 11, o Grupo de Lima repudiou a tentativa de “manipular o incidente (…) para perseguir e reprimir a dissidência política” e condenou as prisões de Requesens e de Borges por terem ocorrido em violação ao devido processo legal e das normas internacionais.
(Com agência EFE)