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Venezuela é pressionada por sanções americanas

Às vésperas da votação da Constituinte,o governo dos Estados Unidos anunciou medidas punitivas contra 13 autoridades de Caracas

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h22 - Publicado em 26 jul 2017, 16h01

O governo do presidente norte-americano, Donald Trump, impôs sanções contra 13 autoridades do governo, do Exército e da petroleira estatal PDVSA da Venezuela nesta quarta-feira, com o objetivo de pressionar o presidente Nicolás Maduro a abandonar os planos de estabelecer uma Assembleia Nacional Constituinte, disseram autoridades dos Estados Unidos.

O foco das sanções são indivíduos envolvidos em abuso de direitos humanos, corrupção e desrespeito à democracia. O país, por enquanto, foi poupado de sanções financeiras ou setoriais mais amplas contra sua vital indústria de petróleo – embora tais ações ainda estejam sendo consideradas, disseram as autoridades à agência Reuters, sob a condição de anonimato.

A ação tem como objetivo mostrar ao governo venezuelano que Trump está preparado para cumprir sua ameaça de “ações econômicas fortes e rápidas” se a Venezuela seguir em frente com planos de votação da Constituinte no próximo domingo.

A Assembleia Constituinte planejada pelo chavista é uma manobra de Maduro para prolongar seu mandato, que termina em janeiro de 2019. Os adversários do presidente realizam, a partir desta quarta-feira, uma greve geral de 48 horas em um mais uma tentativa de dissuadir o governo.

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Mais pressão

Um grupo de 13 países da Organização dos Estados Americanos (OEA) exigiu, também nesta quarta-feira, que Maduro suspenda seus planos. “Instamos o governo da Venezuela a encerre o processo para uma Assembleia Nacional Constituinte que implicaria no desmantelamento definitivo da institucionalidade democrática e seria contrário à vontade popular expressada na consulta de 16 de julho“, afirmaram em declaração lida pelo embaixador panamenho, Jesús Sierra. Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru assinam o documento.

 “Respeito à soberania”

Em meio às críticas internacionais contra Maduro, o governo de Cuba manifestou apoio total ao presidente venezuelano e afirmou que não tem intenção de ajudar a mediar uma solução para a crise política e econômica que afeta a Venezuela.

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A especulação de que Havana poderia desempenhar um papel em uma potencial mediação internacional foi provocada por uma recente visita do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, à ilha. No entanto, nesta quarta-feira, o segundo secretário do Partido Comunista cubano, José Ramão Machado Ventura, disse que Cuba rejeita tais insinuações e exige “respeito absoluto pela soberania e autodeterminação” da Venezuela. “Aqueles que, de fora, tentam dar lições sobre a democracia e os direitos humanos, ao mesmo tempo em que incentivam a violência e o terrorismo pelo golpe de Estado, devem tirar as mãos dessa nação”, disse.

Machado Ventura ainda afirmou que compete aos venezuelanos e ao governo Maduro superar seus desafios “sem interferências estrangeiras em assuntos internos”. Os comentários foram feitos durante o ato central pelo Dia da Rebeldia Nacional, em Pinar del Río, em uma cerimônia que marca o aniversário do início da revolução de Fidel Castro.

(com agências internacionais)

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