Ganhadores do Prêmio Nobel da Paz de 2022, o ativista bielorrusso Ales Byalyatski, o Centro para as Liberdades de Civis da Ucrânia (CLL) e a organização russa de direitos humanos criticaram os desproporcionais ataques e a “guerra insensata” da Rússia contra a Ucrânia.
“Temos que estabelecer um tribunal internacional e levar Putin, Aleksander [Lukashenko] e outros criminosos de guerra à justiça”, declarou Natalya Pinchuk, que representou na cerimônia em Oslo seu marido Byalyastski – que está preso em Belarus.
Os laureados foram premiados com 10 milhões de coroas suecas, o que equivale a cerca de dez milhões de reais. O Comitê do Nobel definiu os esforços dos ativistas para documentar abusos de direitos humanos e crimes de guerra como “extraordinários”.
Em entrevista à AFP antes da cerimônia, a diretora do CCL Oleksandra Matviychuk contou que, como consequencia aos bombardeios à infraestrutura de energia ucraniana, ele teve de escrever seu discurso de agradecimento pelo Nobel à luz de velas. Em nove meses, o CCL registrou mais de 27 mil episódios de crimes de guerra.