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Vance fala em ‘otimismo’ após conversa com Netanyahu sobre próximas etapas da trégua

Vice-presidente dos EUA viajou a Israel após uma série de violações do frágil cessar-fogo; Apesar da confiança, não estipulou prazos para os passos seguintes

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 out 2025, 09h12 - Publicado em 22 out 2025, 08h51

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, encontrou-se nesta quarta-feira, 22, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, para discutir a implementação do cessar-fogo em Gaza após uma série de violações. Os dois trataram do “day after” — os pontos do acordo avançado pelo presidente Donald Trump a serem desenvolvidos após o fim das hostilidades —, e Vance falou em “grande otimismo”.

Netanyahu e sua esposa, Sara, receberam Vance e a segunda-dama dos Estados Unidos, Usha, em seu escritório. Os casais tomaram café da manhã, seguido por uma reunião de trabalho e uma entrevista coletiva televisionada. O americano alertou que há desafios pela frente em termos de desarmar o Hamas e reconstruir Gaza, mas expressou confiança de que a trégua vai ficar de pé.

“Temos uma tarefa muito, muito difícil pela frente, que é desarmar o Hamas, mas reconstruir Gaza, para tornar a vida melhor para o povo de Gaza, mas também para garantir que o Hamas não seja mais uma ameaça aos nossos amigos em Israel”, disse Vance à imprensa ao lado de Netanyahu. “Eu nunca disse que seria fácil. Mas estou otimista que o cessar-fogo se manterá e que poderemos realmente construir um futuro melhor para todo o Oriente Médio”, completou.

O vice-presidente dos Estados Unidos viajou a Israel na terça-feira 21 como parte de uma ofensiva diplomática para reforçar a trégua, após as forças israelenses voltarem a bombardear a Faixa de Gaza no final de semana, acusando o Hamas de ter matado dois soldados no sul do enclave. O grupo terrorista palestino afirmou desconhecer tais confrontos e não ter contado com grupos locais desde março, reiterando seu compromisso com o cessar-fogo. Os enviados especiais de Trump Steve Witkoff e Jared Kushner, seu genro, também fazem parte da comitiva.

Questionado sobre o motivo pelo qual Washington continua enviando vários funcionários de alto escalão a Israel se o cessar-fogo está supostamente em boas condições, Vance respondeu: “Não se trata de monitorar, no sentido de monitorar uma criança pequena… É importante para o governo garantir que nosso povo continue fazendo o que precisamos que eles façam.”

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Sobre o “futuro melhor” para a região, o vice-presidente dos Estados Unidos deu a entender que isso seria baseado nos Acordos de Abraão, iniciativa idealizada por Trump em seu primeiro mandato para estabelecer laços entre Israel e nações árabes e muçulmanas do Oriente Médio. O objetivo: negócios lucrativos.

“Acredito que este acordo de Gaza seja uma peça fundamental para desenvolver os Acordos de Abraão. O que isso pode permitir é uma estrutura de alianças no Oriente Médio que persevere, que perdure e que permita que as pessoas de bem nesta região tomem posse de seu próprio território”, argumentou.

“Day after”

Netanyahu, por sua vez, afirmou que discutiu com Vance ideias para o “day after” em Gaza, particularmente como o território seria governado.

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“Estamos criando um day after inacreditável, com uma visão completamente nova de como ter um governo civil, como ter a segurança lá, quem poderia fornecer essa segurança lá”, disse ele. “Não vai ser fácil, mas acho que é possível. Estamos realmente criando um plano de paz e uma infraestrutura aqui, onde nada existia há uma semana. Isso vai exigir muito trabalho. Exige muita engenhosidade.”

O primeiro-ministro israelense também defendeu o acordo de cessar-fogo, apesar de ter sido criticado por partidos de extrema direita, membros da coalizão que o sustenta no poder, por aceitar um acordo antes que o Hamas fosse totalmente destruído. Ele elogiou Trump por seus esforços diplomáticos no Oriente Médio, e aproveitou para cantar vitória.

“Conseguimos fazer duas coisas ao mesmo tempo. Encostamos a faca na garganta do Hamas, um o esforço militar guiado por Israel. E o outro esforço foi isolar o Hamas do mundo árabe e muçulmano, o que acredito que o presidente (americano) fez de forma brilhante com sua equipe”, afirmou Bibi.

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Vago sobre as discussões a respeito do “day after”, Vance voltou a falar em uma “força de segurança internacional” em Gaza, parte do plano de 21 pontos apresentado por Trump para uma paz duradoura. Essa força seria responsável pela estabilização do enclave em meio à retirada gradual das forças israelenses.

Vários aliados dos Estados Unidos consideram se juntar ao grupo, a ser coordenando a partir do Centro de Coordenação Civil-Militar em Kiryat Gat, em Israel, mas nenhum soldado americano seria enviado a Gaza. Há relatos de que a Turquia, crítica ferrenha do governo israelense e rival regional, poderia fornecer tropas para a força internacional.

Netanyahu disse que as decisões sobre o grupo de segurança seriam tomadas em discussão com os Estados Unidos. A respeito da Turquia, afirmou ter “opiniões muito fortes”, sugerindo oposição.

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Apesar das preocupações em Israel de que o Hamas tenha aproveitado a pausa nos combates para retomar o controle de Gaza, Vance disse que Washington não estabeleceria um prazo para o desarmamento do grupo. Isso ocorreu depois que Trump lançou um alerta, ou uma ameaça: nações aliadas dos Estados Unidos na região invadiriam Gaza para eliminar o Hamas caso o grupo não cumprisse os termos da trégua.

Apesar do tom otimista, Netanyahu voltou a dizer que, no que diz respeito à segurança de Israel, “faremos o que tivermos que fazer”.

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