O Parlamento Europeu confirmou nesta terça-feira, 16, a conservadora alemã Ursula von der Leyen como próxima presidente da Comissão Europeia.
A alemã precisava de um mínimo de 374 votos para ser confirmada. Ela recebeu 383 votos a favor e 327 contra. Houve 22 abstenções e 1 voto em branco, segundo o atual presidente do Parlamento, David Sassoli.
Von der Leyen é aliada da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e ocupa atualmente o cargo de ministra da Defesa do país. Ela deve assumir o posto de presidente da Comissão em 1º de novembro para um mandato de cinco anos.
A alemã havia recebido o apoio dos 28 países da União Europeia (UE) no início de julho e aguardava a confirmação do Parlamento.
Von der Leyen não era a mais cotada para assumir a função. O holandês Frans Timmermans, atual vice-presidente da Comissão Europeia e candidato da bancada social-democrata, uma das majoritárias no Parlamento Europeu, era considerado o favorito na corrida pela presidência desde as eleições dos novos eurodeputados, em maio.
Suas pretensões naufragaram pela falta de aprovação do chamado grupo de Visegrado, formado por Hungria, Polônia, República Checa e Eslováquia. Com o apoio dos quatro Estados, Von der Leyen deu o último passo para alcançar as 21 assinaturas necessárias para sua nomeação.
Na hierarquia das instituições da União Europeia, a Comissão desempenha um papel semelhante ao do Poder Executivo em uma nação. No cargo de presidente, a alemã vai administrar o orçamento do bloco, negociar tratados internacionais e implementar a política acordada entre os países-membros.
Já Timmermans continuará em sua função atual, dividindo as atribuições com a dinamarquesa Margrethe Vestager.
(Com Reuters e AFP)