União Europeia ‘apoia firmemente’ adesão de Suécia e Finlândia à Otan
Conselho Europeu manifestou amplo apoio à candidatura dos países nórdicos à aliança militar, assim como os EUA, apesar das objeções da Turquia
![EU Commissioner for Internal Market Thierry Breton (L) speaks with EU Commission vice-president in charge for High-Representative of the Union for Foreign Policy and Security Policy Josep Borrell (R) as they arrive for the European Commission weekly College Meeting at the EU headquarters in Brussels on May 11, 2022. (Photo by Kenzo TRIBOUILLARD / AFP)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/000_329V63L.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O diplomata-chefe da União Europeia, Josep Borrell, reiterou nesta terça-feira, 17, que o Conselho Europeu, órgão que define as posições políticas do bloco, “apoia firmemente” a adesão da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Eles receberão um forte apoio, tenho certeza, de todos os Estados-membros, porque isso aumenta nossa unidade e nos torna mais potentes”, disse Borrell. Ele acrescentou que “tem esperança” que a Otan seja capaz de superar as objeções da Turquia.
“O Conselho Europeu apoiará firmemente a adesão da Suécia e da Finlândia à Otan. Sei que a Turquia fez algumas objeções. Espero que a Otan seja capaz de superá-las”, afirmou.
A Turquia, que se apresentou como mediadora entre a Rússia e a Ucrânia, manifestou preocupações quanto à integração da Suécia e da Finlândia na aliança.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na segunda-feira 16 que não aprovaria a adesão da Suécia e da Finlândia à Otan se os países nórdicos sancionarem a Turquia.
Na semana passada, o Ministério da Justiça da Turquia afirmou que, ao longo dos últimos cinco anos, os dois países fracassaram em responder positivamente a pedidos de extradição de 33 pessoas que a Turquia diz terem ligações com grupos que considera terroristas.
Erdogan salientou que não enxergava “positivamente” a perspectiva dos novos ingressos na aliança militar, acusando tanto a Suécia quanto a Finlândia de abrigar “organizações terroristas” curdas.
Apesar das declarações, os Estados Unidos afirmam que darão amplo apoio à adesão dos países nórdicos. Na última sexta-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, ressaltou que “não há dúvida” sobre o apoio da maioria dos membros.
No entanto, todos os 30 membros atuais da Otan devem entrar em consenso sobre as novas adesões.
A adesão da Finlândia à Otan – que provavelmente ainda levará meses para se concretizar – traria a aliança militar liderada pelos Estados Unidos à porta da Rússia, já que as duas nações compartilham uma fronteira de mais de 1.300 quilômetros.