Os ministros das Relações Exteriores dos países que formam a União Europeia fecharam um acordo sobre a suspensão da emissão de vistos de turismo à Rússia. A decisão ocorreu durante um encontro de autoridades do bloco econômico na terça-feira, 30, em Praga, na República Tcheca.
Na reunião, os ministros concordaram, a princípio, em suspender um acordo de facilitação de vistos com a Rússia. Antes de entrar em vigor, a medida deverá passar pela aprovação do Conselho Europeu. Caso se efetive, a nova regra irá impor um procedimento mais longo e caro para a emissão de vistos aos cidadãos russos.
O chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, disse em entrevista coletiva após a reunião que esta decisão “reduzirá significativamente o número de novos vistos emitidos pelos estados membros da União Europeia”, uma vez que o processo se tornará mais difícil e levará mais tempo.
De acordo com Borrell, o “aumento substancial” nas passagens de fronteira da Rússia para nações do bloco desde julho se tornou “um risco de segurança para esses Estados”.
Ele salientou que é preciso engajar a população russa no pacote de sanções, como um sinal de alerta aos prejuízos humanitários e econômicos que o conflito está provocando globalmente. “Vimos muitos russos viajando a lazer como se nenhuma guerra estivesse acontecendo na Ucrânia”, acrescentou.
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A medida faz parte de um pacote de sanções que Bruxelas e países do bloco têm adotado individualmente para punir a Rússia por conta de sua invasão à Ucrânia.
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Alguns países do bloco já haviam, de forma isolada, cancelado vistos para turistas russos, como a República Tcheca e a Polônia. Desde então, no entanto, eles exigiram que Bruxelas promulgasse uma proibição completa e coletiva.