UE revela avaliações de países que pedem adesão e fala em otimismo com aumento do bloco
Ucrânia, Albânia, Moldávia e Montenegro tentam entrar para a União Europeia, mas enfrentam desafios
A União Europeia (UE) revelou nesta terça-feira, 4, quais países avançaram em relação ao processo de adesão ao bloco europeu. Entre eles, Montenegro aparece como o candidato mais próximo de cumprir as exigências para passar a compor a UE até 2026. Em comunicado, a comissária europeia para o Alargamento, Marta Kos, elogiou a nação por “manter progressos constantes nas reformas” e por estar “no caminho certo”. Albânia, Moldávia e Ucrânia também tentam entrar para a União Europeia, mas enfrentam desafios.
“Precisamos preparar nossa união para uma UE maior”, disse ela, sugerindo que a ampliação do bloco é “uma possibilidade realista nos próximos anos”.
Embora a Ucrânia tenha registrado mudanças positivas, ainda “é necessária uma aceleração do ritmo das reformas, principalmente no que diz respeito aos fundamentos, em particular ao Estado de Direito” para que seja possível “encerrar provisoriamente as negociações de adesão até o final de 2028”, advertiu a comissária.
Apesar dos alertas, Kos disse que as “medidas já adotadas — desde o fortalecimento das ações anticorrupção até a melhoria da administração pública — estão lançando as bases para a recuperação e abrindo espaço para uma maior participação do setor privado”.
“Em meio aos desafios causados pela guerra de agressão da Rússia, a Ucrânia demonstrou seu forte compromisso com o caminho de adesão à União Europeia, avançando em reformas importantes, embora ainda sejam necessários progressos firmes e contínuos no combate à corrupção. O Plano para a Ucrânia tem sido central na orientação das reformas e na promoção do alinhamento com o acervo comunitário da UE, demonstrando a resiliência da condicionalidade em circunstâncias excepcionais”, escreveu ela.
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De elogios a críticas
Por sua vez, a vontade da Moldávia para concluir as tratativas até 2028 é “ambiciosa, mas alcançável”, mas depende do país acelerar “o ritmo atual das reformas”. Em relação à Albânia, a comissária indicou que “seu objetivo de concluir as negociações até 2027 depende da manutenção do ritmo das reformas e do fomento de um diálogo político inclusivo”. No entanto, ela também alertou que é necessário que “o ritmo das reformas seja mantido” e, caso o país continue com o bom trabalho, “está no caminho certo”.
Na contramão dos outros países, a Geórgia foi alvo de duras críticas. Na declaração, Kos relembrou que o seu “processo de adesão foi interrompido de fato” desde 2024 e que, desde então, a situação “deteriorou-se acentuadamente, com sérios retrocessos democráticos marcados por uma rápida erosão do Estado de Direito e severas restrições aos direitos fundamentais”.
“Tendo em vista o retrocesso contínuo da Geórgia, a Comissão considera a Geórgia um país candidato apenas no nome. As autoridades georgianas devem demonstrar um compromisso firme para reverter o curso e retornar ao caminho da adesão à UE”, acrescentou.
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