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UE pede que Brasil gere ‘confiança’ ambiental para desbloquear acordo

Governo tem sido censurado internacionalmente por não fazer o suficiente em relação aos incêndios florestais em partes da Amazônia e do Pantanal

Por Da Redação
Atualizado em 29 set 2020, 09h30 - Publicado em 29 set 2020, 09h13
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    Sequência de áreas de garimpos na Amazônia: UE exige comprometimento do Brasil (Caio Guatelli/VEJA)

    Criticado internacionalmente pela postura na questão ambiental, o governo brasileiro precisa gerar “confiança” nesta área para quebrar o impasse no acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, afirmou o espanhol Ignacio Ybáñez, embaixador do bloco europeu no Brasil, em entrevista publicada nesta terça-feira, 29.

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    Foram necessários vinte anos para que UE e Mercosul chegassem a um acordo político anunciado em junho de 2019, que ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos dos 27 países membros do bloco europeu e dos quatro do sul-americano, além do próprio Parlamento Europeu (PE).

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    “Esta é uma oportunidade única para os países da UE e do Mercosul, numa época em que as grandes potências, os Estados Unidos e a China, têm uma visão muito mais protecionista. Se não houver acordo, outros aproveitarão, e não será a Europa”, disse Ybáñez à agência de notícias EFE.

    Mas o caminho à frente é difícil. Holanda, Áustria e França já viraram as costas ao endosso do acordo, caso o governo brasileiro não altere suas políticas ambientais. O governo Bolsonaro tem sido censurado internacionalmente por não fazer o suficiente em relação aos incêndios florestais em partes da Amazônia e do Pantanal.

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    Entretanto, Ybáñez disse que houve “uma atitude de maior cooperação” por parte do governo brasileiro com gestos como a criação, neste ano, do Conselho Nacional da Amazônia Legal.

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    O diplomata também destacou o envolvimento do setor privado brasileiro, com uma iniciativa pró-Amazônia liderada pelos três principais bancos privados do país, que se uniram assim à pressão dos fundos internacionais de investimento, o que exigiu uma mudança de rumo na política ambiental do Brasil.

    Oposição

    Os Parlamentos austríaco e holandês já rejeitaram o acordo em sua forma atual. Bélgica, Irlanda e Luxemburgo estão relutantes. Já a França segue como a principal voz da oposição ao acordo.

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    Na semana passada, o governo de Emmanuel Macron recebeu um relatório de um comitê de especialistas alertando para os riscos ambientais que a entrada em vigor desse pacto acarretaria. Paris apresentou então três “exigências” para a continuidade das negociações, entre elas o respeito ao Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas.

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    Recentemente, a Alemanha também se juntou aos Estados-Membros da UE que já expressaram dúvidas sobre a implementação do pacto. No mês passado, a chanceler Angela Merkel colocou o acerto em xeque. “Temos sérias dúvidas de que o acordo possa ser aplicado conforme planejado, quando vemos a situação”, afirmou seu porta-voz, referindo-se à Amazônia.

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    O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, disse ainda que bloco quer garantias de que a cláusula de desenvolvimento sustentável será respeitada.

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    (Com EFE)

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