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UE anuncia plano que propõe fim do livre comércio com Israel por escalada de ofensiva em Gaza

Plano prevê também congelamento de benefícios do Acordo de Associação Euro-Mediterrânico, em vigor desde 2000

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 set 2025, 18h11

A Comissão Europeia propôs nesta quarta-feira, 17, um pacote de medidas que prevê a suspensão do livre comércio com Israel e a imposição de sanções a dois ministros ultranacionalistas do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A iniciativa ocorre em meio à ofensiva israelense na Cidade de Gaza, maior conglomerado urbano do enclave. Desde o início da guerra, em 7 de outubro, mais de 64 mil palestinos foram mortos — entre eles, estão 428 vítimas de fome e desnutrição, incluindo 146 crianças.

O comissário de comércio da União Europeia (UE), Maroš Šefčovič, afirmou que a proposta tornaria os produtos israelenses sujeitos a tarifas equivalentes às de países sem acordo de livre comércio com o bloco. Ele lamentou a necessidade “tomar esta medida”, mas disse que acreditava ser uma resposta “apropriada e proporcional, diante da atual crise humanitária em Gaza”.

Apoiado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o plano prevê também o congelamento de benefícios do Acordo de Associação Euro-Mediterrânico, em vigor desde 2000, a suspensão de vantagens em licitações públicas e direitos de propriedade intelectual, além da reintrodução de tarifas sobre parte das exportações israelenses.

+ Chefe da UE pede fim do comércio com Israel e condena fome como ‘arma de guerra’ em Gaza

Impacto da medida

Caso aprovadas, as sanções teriam impacto econômico expressivo ao governo Netanyahu. A UE é o maior parceiro comercial de Israel, responsável por 32% do comércio exterior do país. Apenas a volta das tarifas afetaria 5,8 bilhões de euros (mais de R$ 36 bilhões) em exportações israelenses, gerando 227 milhões de euros (cerca de R$ 1,4 bilhão) em novos tributos.

Apesar da pressão da opinião pública, o pacote enfrenta divisões internas. Para avançar, precisa do apoio de pelo menos 15 dos 27 Estados-membros, o que representa 65% da população do bloco. Alemanha e Itália são vistas como decisivas. Um porta-voz do governo alemão afirmou que Berlim “ainda não formou posição final”. A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, admitiu que “a opinião pública mudou diante do sofrimento em Gaza, mas as linhas políticas seguem praticamente as mesmas”.

A medida também propõe sanções contra Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, ministros acusados de incitar violência na Cisjordânia, além de dez líderes do Hamas. Essas medidas exigem unanimidade entre os membros, o que torna a aprovação incerta, já que a Hungria tem histórico de vetar punições a aliados de Netanyahu. Em reação, o chanceler israelense, Gideon Sa’ar, classificou a proposta como “moral e politicamente distorcida” e disse esperar que “não seja adotada, como já ocorreu no passado”.

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