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UE acusa Belarus de uso político de migrantes na fronteira com Polônia

Declaração foi feita horas depois de centenas de pessoas tentarem atravessar à força para território polonês, intensificando crise entre países

Por Redação 9 nov 2021, 18h39

A Comissão Europeia acusou o governo de Belarus nesta terça-feira, 9, de enganar migrantes e refugiados com promessas falsas de acesso fácil à União Europeia, no que definiu como uma abordagem “ao estilo gângster” para uma longa crise migratória. A declaração foi feita por um porta-voz horas depois de centenas de pessoas tentarem atravessar a fronteira bielorrusa com a Polônia, cortando arames farpados e usando pedaços de árvores para tentar pular sobre cercas.

“Isto é parte de uma abordagem desumana e realmente ao estilo gângster do regime (do presidente Alexander) Lukashenko, que está mentindo para as pessoas, enganando as pessoas (…) e as levando para Belarus sob a falsa promessa de fácil entrada na UE”, disse o porta-voz.

A Polônia acusa há meses Belarus de tentar iniciar um confronto ao encorajar que migrantes e refugiados do Oriente Médio e África cruzem via seu território para a União Europeia, em vingança por sanções sobre o governo do presidente Lukashenko. O objetivo dessas sanções, segundo a UE, é “pressionar” as autoridades bielorrussas a iniciar “um diálogo nacional genuíno e inclusivo” com a sociedade e evitar mais repressão.

Na última segunda-feira, no entanto, a situação se agravou com a tentativa de travessia à força, perto do vilarejo polonês de Kuznica. Para tentar conter a situação, a Polônia enviou mais soldados, guardas e policiais à região fronteiriça.

De acordo com Piotr Mueller, porta-voz do governo polonês, há cerca de 3.000 a 4.000 migrantes próximos à fronteira polonesa no lado bielorrusso.

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Nesta terça-feira, o presidente polonês, Andrzej Duda, acusou o governo de Lukashenko de “atacar” a fronteira e a UE “de forma inédita”.

“Temos atualmente um acampamento de imigrantes que estão bloqueados do lado bielorrusso. Há cerca de mil pessoas lá, em maioria homens jovens”, disse a repórteres. “Estas são ações agressivas que devemos rechaçar, cumprindo nossas obrigações como membro da União Europeia”.

Duda também acusou Lukashenko de agir para desestabilizar a Polônia e outros países europeus para pressionar o bloco a abandonar sanções sobre Minsk, que isolaram o país após uma brutal repressão a dissidentes no ano passado após uma eleição que deu a Lukashenko seu sexto mandato.

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Segundo Marta Gorczynska, advogada de direitos humanos em contato com imigrantes e refugiados no local, a situação está “apenas piorando”.

“As condições nas florestas entre Polônia e Belarus são muito duras, é uma região onde há muito pouco acesso a água e comida e não há acesos a abrigos quentes”, disse à rede Al Jazeera. “São pessoas que estão privadas de assistência humanitária básica.

Para a especialista, “Belarus é responsável por fornecer assistência a estas pessoas, e em primeiro lugar não usá-las como ferramentas políticas para pressionar a UE”. Do outro lado, a Polônia “também é obrigada a fornecer assistência para estas pessoas”, de acordo com o direito internacional.

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Ao menos sete pessoas morreram na região desde agosto, quando a crise teve início, de acordo com autoridades polonesas. Há também relatos de mortes no lado bielorrusso da fronteira.

Segundo a agência de notícias Reuters, citando três diplomatas, a UE está perto de impor mais sanções sobre Minsk por conta do ocorrido, após pedidos da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

À Associated Press, o porta-voz do Comitê de Guarda Fronteiriça Estatal de Belarus, Anton Bychkovsky, disse que os imigrantes na fronteira buscam “exercer o direito de solicitar status de refúgio na UE”, insistindo que não são “uma ameaça à segurança”.

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