Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Ucraniano presta queixa na Argentina por tortura cometida por russos

Sem identidade revelada, homem alega ter sido eletrocutado e detido ilegalmente por cerca de 20 dias em uma prisão no sul da Ucrânia

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h14 - Publicado em 16 abr 2024, 14h40

Um ucraniano que alega ter sido torturado por soldados russos prestou queixa no Tribunal Federal de Buenos Aires, na Argentina, a mais de 13 mil quilômetros do seu país natal. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 16, pela agência de notícias Reuters. Ele teria sido eletrocutado e detido ilegalmente por cerca de 20 dias em uma prisão no sul da Ucrânia em 2022, ano de início da invasão russa ao território vizinho.

“Fui detido no trabalho. Depois eles me torturaram. Usaram choques elétricos”, explicou à Reuters. “Foi incrivelmente doloroso, então perdi a consciência. Tive sorte de sobreviver. Muitas pessoas ainda estão lá”.

Cabe à corte argentina decidir se aceitará a queixa. Caso a resposta seja positiva, será a primeira vez em que um caso de crime de guerra cometido pela Rússia será analisado além das fronteiras da Europa e dos Estados Unidos. A deliberação, no entanto, pode se arrastar por meses.

A identidade da suposta vítima não foi revelada por preocupações de que sua família estivesse em locais ocupados pelas tropas de Moscou. A equipa jurídica impediu, ainda, a divulgação de detalhes do processo, como a localização e o momento exato dos acontecimentos, para evitar que o homem seja reconhecido.

+ Zelensky assina lei de mobilização para reforçar tropas ucranianas

Continua após a publicidade

O que diz a queixa

No documento de quase 70 páginas, o homem indica que seu antigo chefe facilitou a sua redenção aos russos e identifica duas outras pessoas por suas insígnias militares. Os nomes também não foram revelados. O texto foi apresentado à Reuters pela equipe jurídica do ucraniano e pela The Reckoning Project, uma organização não governamental, ambas responsáveis pela abertura do caso.

A queixa inclui testemunhos de supostas vítimas dos mesmos agressores. A acusação também é apoiada por relatórios das Nações Unidas sobre casos de tortura na Ucrânia, que acrescenta que mulheres e meninas ucranianas foram estupradas na ocupação russa. A denúncia aponta, além disso, que o homem foi eletrocutado através de fios presos a sua orelha e aos seus dedos. Ele era mantido em celas de 10 metros quadrados com até 20 pessoas.

Após mais de duas semanas de tortura, o ucraniano foi libertado sem acusação e fugiu para zonas não ocupadas pela Rússia, informou a Reuters. O Kremlin nega acusações de tortura na “operação militar especial”, como o governo de Vladimir Putin nomeia a guerra na Ucrânia, e as associa a campanhas tendenciosas do Ocidente.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.