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Ucrânia pede mediação da China para tentativa de cessar-fogo com Rússia

Conversa entre Kiev e Pequim acontece um dia após representantes representantes russos e ucranianos se encontrarem para primeira rodada de negociações

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 mar 2022, 16h22 - Publicado em 1 mar 2022, 16h21
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  • O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dymtro Kuleba, disse nesta terça-feira, 1, ao chanceler da China, Wang Yi, que o país está pronto para continuar as negociações com a Rússia e quer a mediação do governo chinês para conseguir um cessar-fogo.

    O pedido feito pelo ministro ucraniano acontece um dia após representantes de Moscou e Kiev se encontrarem em Belarus para uma rodada de negociações. Apesar de não terem anunciado avanços claros ou significativos, os representantes concordaram em marcar uma segunda data para reuniões após voltarem a suas capitais para discutir os principais pontos da conversa, que, segundo a Presidência ucraniana, teria como objetivo principal a negociação de um cessar-fogo imediato e a retirada de tropas russas de território ucraniano.

    “O fim da guerra é a prioridade para o lado ucraniano, e estamos calmos, abertos a negociar uma solução. Mesmo que a negociação não prossiga sem problemas, estamos prontos para seguir com ela”, disse Kuleba, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China. “Também estamos prontos para fortalecer a comunicação com a China. Esperamos que a mediação da China alcance um cessar-fogo”.

    Wang Yi, por sua vez, manifestou preocupação com ataques a civis e pediu que a Ucrânia continue a negociar.

    “A China deplora a eclosão do conflito e está extremamente preocupada com os danos aos civis. A prioridade é aliviar a situação o máximo possível para evitar que o conflito se descontrole”, disse.

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    Este foi o primeiro contato entre diplomatas chineses e ucranianos desde o início do conflito, sobre o qual a China tem mantido uma posição ambígua, e foi feito a pedido da Ucrânia, de acordo com o comunicado. Foi também a primeira vez que os diplomatas chineses se referiram aos “danos” causados aos civis.

    “Defendemos o respeito pela soberania e integridade de todos os países. Pedimos a Ucrânia e Rússia que encontrem soluções através de consultas”, declarou Wang, embora tenha ressaltado que “a segurança de um país não pode vir às custas da segurança de outros” e que “não pode ser alcançada através da expansão dos blocos militares”.

    Mais cedo nesta terça-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou que o conflito entre Rússia e Ucrânia tem uma “história e realidade complicados” e que apoia “todos os esforços diplomáticos”. No entanto, não reconheceu a ação russa como uma invasão, dizendo se tratar de uma situação “indesejável”. 

    Na sexta-feira, a China se absteve de uma resolução condenando a Rússia nas Nações Unidas e se opôs às sanções apresentada contra moscou por considerar que elas “não ajudam a resolver problemas, mas criam novos”. Em janeiro a China também foi o único membro do Conselho de Segurança da ONU a votar junto à Rússia em uma tentativa fracassada de impedir um encontro solicitado pelos EUA para debater o aumento de tropas de Moscou na fronteira com a Ucrânia.

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    Em fevereiro, o russo Vladimir Putin e o chinês Xi Jinping formalizaram uma aliança global com viés anti-Ocidente, poucas horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim. Em um documento contra o que chamaram de “interferência em assuntos internos” de outros Estados, os líderes declararam oposição a qualquer expansão da Otan, principal aliança militar ocidental e alvo de boa parte das críticas da Rússia. 

    Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

    A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos trinta aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

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