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Ucrânia pede ‘mais sanções, armas e diplomacia’ para deter Rússia

Fala segue decisão do governo ucraniano de convocar reservistas e pedir para que seus cidadãos deixem Rússia imediatamente

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 fev 2022, 16h40

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu nesta quarta-feira, 23, mais sanções, armas e diplomacia, de forma simultânea, para defender seu país contra a Rússia, em meio ao aumento de tensões depois do reconhecimento por Moscou de duas regiões separatistas e o subsequente anúncio de envio de tropas. 

“Mais sanções devem ser impostas, mais armas devem ser fornecidas, e as ações diplomáticas devem ser multiplicadas”, disse Kuleba a jornalistas depois de se dirigir à Assembleia Geral da ONU em sessão dedicada especificamente à crise na Ucrânia.

O pedido se dá poucas horas após o governo ucraniano adotar uma série de medidas de preparação, incluindo a convocação de reservistas e o pedido para que seus cidadãos deixem a Rússia imediatamente. Junto a isso, o Parlamento Ucraniano deve aprovar nas próximas horas um estado de emergência em todas as partes do país sob controle do governo. A medida teria duração de 30 dias, com possibilidade de extensão por mais 30 dias.

+ Em meio à tensão na Ucrânia, embate entre Putin e Biden sobe de tom

O chanceler repetiu que as sanções anunciadas por Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido “são apreciadas, mas não suficientes”, e que não é necessário esperar que os foguetes russos caiam em solo ucraniano para impor uma nova rodada de sanções, pois “devem ter um efeito de dissuasão”.

Segundo o ministro, a Ucrânia precisa ter o direito a “armas defensivas para defender o país”, sendo elas “armas que eu gostaria de não precisar”. Ele acrescentou que, durante conversas, o presidente dos EUA, Joe Biden, e os secretários de Estado, Anthony Blinken, e Defesa, Lloyd Austin, tinham prometido continuar a fornecê-las, bem como a promessa de continuar a aplicar sanções se a Rússia não mudar de atitude.

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O chefe da diplomacia ucraniana criticou os países que se limitam a apelos genéricos à paz ou a apelos à desescalada sem sequer mencionar a Rússia, pois isto “envia uma mensagem de que este tipo de comportamento” de intervenção em outros países “é tolerado”.

“Devemos pressionar a Rússia, devemos fazê-la sentir que as sanções não são suportáveis”, declarou, ao revelar que pediu diversas vezes para conversar ou se reunir com o chanceler russo, Sergei Lavrov, sem sucesso, porque ele sempre encontra “algum pretexto”.

Apesar das represálias, como sanções ocidentais, o presidente russo, Vladimir Putin, vem aproveitando o momento para colocar ainda mais  pressão sobre a Ucrânia e seu presidente, Volodymyr Zelensky, afirmando que a melhor solução para acabar com a crise seria o país desistir de entrar na Otan, principal aliança militar ocidental e grande ponto de atrito entre a Rússia e o Ocidente. 

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Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos trinta aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

Em tom desafiador, o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, disse que “sanções não irão resolver nada no que diz respeito à Rússia”.

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“É difícil imaginar que alguém em Washington esteja contando que a Rússia irá revisar o curso de suas políticas externas sob a ameaça de restrições”, declarou. “Não me lembro de um único dia quando nosso país viveu sem qualquer restrições do mundo Ocidental (…) Não há dúvidas de que as sanções impostas contra nós irão prejudicar o sistema financeiro global e os mercados energéticos. Os Estados Unidos não ficarão de fora”.

No âmbito diplomático, o cenário também não é dos melhores. No sinal mais recente de que caminhos para uma saída diplomática podem estar se fechando, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou na terça-feira que não irá mais se encontrar em Genebra nesta semana com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

Além de Blinken, o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, também anunciou que seu encontro com Lavrov, marcado para a próxima sexta-feira, não iria mais acontecer.

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