Uma balsa russa que fornece combustível e armas à Crimeia ocupada pegou fogo e afundou no porto de Kavkaz, no sul da Rússia, após ser atingida por um ataque ucraniano nesta quinta-feira, 22.
A Marinha da Ucrânia confirmou nesta sexta-feira, 23, a autoria do ataque. A embarcação transportava 30 tanques de combustível e foi seriamente danificada, de acordo com Fyodor Babenkov, chefe distrital da cidade de Temryuk, onde o porto fica localizado.
Autoridades locais disseram que 17 pessoas foram resgatadas da balsa. O Ministério dos Transportes russo esvaziou o porto após o ataque para garantir a segurança dos funcionários do local, informou a agência de notícias estatal russa TASS.
“Esta balsa é uma das importantes cadeias da logística militar russa para fornecimento às forças de ocupação, em primeiro lugar, combustível, mas, além disso, também transporta, é claro, armas. Portanto, este é um alvo completamente legítimo”, disse Dmytro Pletenchuk, porta-voz da Marinha ucraniana.
Pletenchuk não especificou o tipo de arma utilizado pela Ucrânia no ataque, mas a mídia russa informou que provavelmente se tratava do sistema de mísseis costeiros Neptun.
“As balsas foram responsáveis por três quartos de toda a logística e foram o principal canal (de fornecimento)“, acrescentou ele, referindo-se à logística da guerra na Ucrânia.
O porto de Kavkaz é um dos maiores usados pela Rússia no Mar Negro, com capacidade para receber 5 milhões de passageiros anualmente.
Ataques ucranianos
Kiev tem alvejado com mais frequência infraestruturas da indústria de petróleo e gás. O governo ucraniano chamou os atos de retaliação “justa” por ataques à sua própria infraestrutura energética.
No último domingo, drones ucranianos atacaram uma armazém de petróleo na cidade russa de Proletarsk, na região de Rostov, provocando um grande incêndio, segundo o governador local. As chamas já queimaram uma área de cerca de 10.000 metros quadrados, segundo a mídia russa.
Os ataques ocorrem enquanto a Ucrânia conduz sua maior incursão ao território russo desde o início do conflito, em 2022. Na quarta-feira, autoridades da região ucraniana de Sumy, do outro lado da fronteira, disseram que “centenas” de soldados russos se renderam durante a ofensiva.
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