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Ucrânia diz que tem ‘ponto de virada’ na guerra e vai retomar território

Ucrânia afirma que vai recapturar Kherson até setembro com ajuda de armas ocidentais, mudando de ações defensivas para contra-ofensivas

Por Da Redação
25 jul 2022, 09h44

Autoridades militares da Ucrânia disseram no domingo 24 que chegaram a um “ponto de virada” na guerra e vão retomar a região sul de Kherson, primeira grande cidade capturada pela Rússia, até setembro deste ano.

“Podemos dizer que ocorreu um ponto de virada no campo de batalha. Estamos mudando de ações defensivas para contra-ofensivas”, disse Sergiy Khlan, assessor do chefe administrativo da região de Kherson. “A região de Kherson será definitivamente liberada até setembro e todos os planos dos ocupantes falharão”, acrescentou.

Com o auxílio de armas de longo alcance fornecidas pelos Estados Unidos e seus aliados europeus, o exército ucraniano vem recuperando território na região sul de Kherson nas últimas semanas. O presidente Volodymyr Zelensky endossou as alegações de uma contra-ofensiva bem-sucedida durante seu discurso nacional no sábado, dizendo que as forças ucranianas estavam avançando “passo a passo”.

Kherson foi ocupada pelo exército russo em 3 de março, a primeira grande cidade ucraniana capturada por Moscou desde 24 de fevereiro.

Autoridades ucranianas acreditam que a Rússia conseguiu tomar a cidade em parte porque a Ucrânia não conseguiu explodir a ponte Antonivsky, que atravessa o rio Dnipro, permitindo que os soldados inimigos entrassem na cidade.

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No entanto, um aumento nos ataques nos últimos dias contra as principais lojas de armas russas e a infraestrutura em torno da cidade do sul levou os militares da Ucrânia a alegarem que suas forças já adentraram o território ocupado.

Na semana passada, as forças ucranianas atacaram a ponte Antonivsky com armas americanas. Autoridades de inteligência do Reino Unido descreveram o local como uma “vulnerabilidade chave” para os russos e disseram que se “as travessias fossem negadas e as forças russas em Kherson ocupadas fossem cortadas, seria um revés militar e político significativo para a Rússia”.

Sergiy Khlan disse em um post no Facebook no sábado que a ofensiva da Ucrânia vai “cortar o fornecimento do grupo de russos em Kherson” e que “sem armamento ocidental, isso não teria sido possível”.

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De acordo com um relatório divulgado no domingo pelo Instituto para o Estudo da Guerra, um think tank com sede em Washington, os ataques ucranianos “danificaram todas as três pontes controladas pelos russos que levam à cidade de Kherson na semana passada, em 24 de julho”.

Em sua última atualização operacional, na noite de domingo, Khlan disse que Kherson foi ocupada desde os primeiros dias da guerra, e a Rússia “realmente acreditava que seria capaz de realizar um referendo e criar a República Popular de Kherson aqui com regras e ordens russas”, mas os ucranianos resistiram e “vão vencer”.

Os militares russos contam uma história diferente.

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“Que haverá uma contra-ofensiva – tudo isso é fantasia”, disse Kirill Stremousov, vice-chefe da autoridade regional instalada pela Rússia em Kherson.

Apesar das negações russas, o Ministério da Defesa britânico confirmou que Moscou decidiu reforçar suas posições defensivas nas áreas ocupadas no sul da Ucrânia, em uma “provável resposta antecipada às ofensivas ucranianas”.

“Dadas as pressões sobre o exército russo, o reforço do sul enquanto a luta pelo Donbas continua provavelmente indica a seriedade com que os comandantes russos veem a ameaça”, disse o ministério em um relatório em 17 de julho.

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