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Twitter rotula posts de Trump que promovem desinformação

Pela primeira vez, rede social assinala dois tuítes do presidente americano por conterem informações falsas sobre a votação por correio nos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 27 Maio 2020, 11h49 - Publicado em 26 Maio 2020, 20h08

A partir desta terça-feira, 26, o Twitter notificará as pessoas sobre todo tuíte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que contenha informações falsas. A medida foi implementada menos de 24 horas após Trump publicar dois posts que promoviam desinformação sobre cédulas de votação eleitoral por correio, uma prática comum nas eleições americanas.

“Não há nenhuma maneira (zero!) de as cédulas por correio serem menos do que substancialmente fraudulentas. As caixas de correio serão roubadas, as cédulas serão falsificadas e até impressas ilegalmente e assinadas de forma fraudulenta”, tuitou o presidente americano na manhã desta terça-feira.

“O governador da Califórnia está enviando cédulas para milhões de pessoas, qualquer pessoa morando no estado, não importa quem elas sejam ou como chegaram lá, receberá um… Esta será uma eleição fraudulenta. De jeito nenhum!”, acrescentou.

Os comentários de Trump foram uma resposta ao anúncio do governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, que o estado se esforçaria para expandir a votação por correio devido à pandemia de Covid-19. Com mais de 99.500 enfermos e quase 4.000 mortes, segundo o New York Times, Califórnia é o quarto estado mais atingido pelos surtos da doença nos Estados Unidos.

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Ambos os tuítes do presidente foram notificados pela plataforma com um link escrito: “Conheça os fatos sobre as cédulas por correspondência”. O link redireciona para um informe do próprio Twitter. “Essas reivindicações [de Trump] não têm fundamento, de acordo com a CNN, Washington Post e outros. Especialistas dizem que as cédulas por correspondência raramente são vinculadas à fraude dos eleitores”.

Como cita o jornalista da CNN Chris Cillizza em um artigo para a sua coluna The Point, um estudo conduzido pelo professor Justin Levitt, da Loyola Law School, indica que houve apenas 31 casos de voto fraudado dentre mais de um bilhão entre 2000 e 2014.

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