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Turquia manda prender 103 soldados por tentativa de golpe

Autoridades turcas perseguem supostos apoiadores de plano para tomar o poder executado em 2016 de forma implacável, muitas vezes sem qualquer prova

Por Da Redação
Atualizado em 9 nov 2018, 17h52 - Publicado em 9 nov 2018, 11h16
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  • A polícia da Turquia iniciou nesta sexta-feira, 9, a pedido da procuradoria de Istambul, uma operação para prender 103 soldados pela sua suposta ligação com o fracassado golpe de Estado de julho de 2016.

    Pelo menos 74 suspeitos já foram detidos em uma operação realizada em 32 das 81 províncias do país, segundo a agência de notícias locais Anadolu.

    A procuradoria suspeita que os soldados estejam ligados com a confraria do clérigo islamita Fethullah Gülen, a quem Ancara responsabiliza pelo levante golpista. Entre os acusados há dois coronéis e dois tenentes-coronéis.

    Durante os dois anos após a tentativa de golpe, as autoridades turcas perseguiram de forma implacável os envolvidos no plano e seus supostos apoiadores, assim como os opositores pró-curdos, acusados de “terrorismo”, os meios de comunicação críticos ao governo e organizações não governamentais (ONGs). Muitas vezes não há provas concretas contra as pessoas detidas.

    Sob o regime de exceção instalado, a Turquia prendeu mais de 75.000 pessoas por supostas ligações com Gülen. Cerca de 130.000 funcionários públicos foram exonerados de empregos públicos por supostos elos com organizações terroristas.

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    Na década passada, Güllen era aliado de Erdogan, mas ambos divergiram e se tornaram inimigos. Atualmente, o clérigo está exilado nos Estados Unidos.

    Nos últimos dez dias, outras 500 pessoas foram presas por sua suposta relação com a confraria do clérigo, segundo informou o Ministério do Interior.

    Desde a tentativa de golpe, mais de 8.500 membros das Forças Armadas, entre eles 150 generais, foram expulsos do país pelos seus supostos vínculos com a confraria do pregador islamita.

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    Este número representa aproximadamente 3,5% do pessoal militar da Turquia e a maioria deles foi ou está sendo julgada por seus supostos crimes.

    (Com EFE)

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