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Tumulto deixa 56 mortos durante funeral de Soleimani no Irã

Incidente aconteceu na cidade natal do general; centenas de milhares foram às ruas do país para homenagear o militar morto pelos EUA

Por Da Redação Atualizado em 7 jan 2020, 17h32 - Publicado em 7 jan 2020, 08h15

Tumulto durante o funeral do general iraniano Qasem Soleimani provocou a morte de 56 pessoas, segundo a agência oficial Irib. Outras 213 ficaram feridas. A tragédia  aconteceu em Kerman, no sudeste do Irã, cidade natal do militar morto na semana passada em um ataque aéreo americano em Bagdá. O bombardeio de drone foi ordenado prelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O diretor do Serviço Nacional de Urgências iraniano, Pir Hossein Koulivand, explicou que o incidente foi causado por uma aglomeração. O sepultamento, previsto para esta terça-feira, foi suspenso.

O cortejo com o corpo de Soleimani levou centenas de milhares de pessoas às ruas da capital Teerã e de outras cidades no Irã desde domingo. O funeral contou com a presença do líder supremo do Irã, Ali Khamenei. O aiatolá e os principais comandantes militares do país prometeram retaliação contra os Estados Unidos pela morte do general.

Soleimani será enterrado em um cemitério de Kerman como um “mártir” do Irã. Ele já era conhecido como herói nacional. Há anos era o comandante das forças de elite da Guarda Revolucionária do Irã e considerado a segunda autoridade do país, atrás apenas do aiatolá Khamenei.

Tensão

O Parlamento iraniano aprovou nesta terça uma moção que classifica as Forças Armadas americanas e o Pentágono como “terroristas”, abrindo caminho para ações de retaliação. O secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkhani, afirmou ter consolidado uma lista de 13 ações contra os Estados UNidos e antecipou que a mais frágil delas será um pesadelo para o país ocidental.

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Shamkhani afirmou que o Eixo da Resistência dará uma dura resposta ao governo americano pelo ataque em Bagdá. O Eixoreúne o grupo libanês Hezbollah, o palestino Hamas, o iemenita Ansarullah e a iraquiana Forças de Mobilização Popular (FMP).

(Com AFP, Reuters e EFE)

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