“Tudo vai dar certo”, diz Trump sobre crise com a Coreia do Norte
Em visita à Coreia do Sul, presidente americano afirmar ver “um certo movimento” para solucionar o impasse sobre o programa nuclear de Pyongyang
Em visita oficial à Coreia do Sul, Donald Trump disse que “no final, tudo vai dar certo” a respeito da crise com a Coreia do Norte. A declaração do presidente dos Estados Unidos foi feita diante de soldados americanos na base de Camp Humphreys, a 90 km ao sul da capital, Seul, onde almoçou acompanhado de seu par sul-coreano, Moon Jae-In.
Trump desembarcou no país nesta terça-feira após uma visita de três dias ao Japão. Durante o encontro com os militares, do qual Moon participou de surpresa, Trump disse que iria “tratar com os principais generais sobre a situação na Coreia do Norte”. Em tom otimista, bem diferente de comentários passados sobre o regime de Pyongyang, o chefe da Casa Branca prometeu que “em última instância, tudo será consertado”.
Os dois presidentes voltaram a se encontrar na Casa Azul, sede do poder Executivo na capital sul-coreana. No caminho, o comboio de Trump passou por manifestações contrárias e favoráveis sua visita ao país em uma das principais avenidas de Seul. Além da questão norte-coreana, os chefes de Estado discutiram a relação comercial entre os países.
Em coletiva de imprensa ao lado do presidente sul-coreano, Trump afirmou que vê um “bom progresso” na questão da Coreia do Norte e pediu a Pyongyang que “venha para a mesa” de negociações e feche um acordo. “Estamos mostrando uma posição muito forte e acho que eles entendem que temos um poder militar incomparável”, disse o presidente americano, sem especificar se Washington cogita abrir uma linha de comunicação direta com Pyongyang.
“Temos várias coisas em andamento que, esperamos, por Deus, que nunca precisemos chegar a isso”, disse Trump a jornalistas ao ser perguntado se a resolução do problema com o regime de Kim Jong-un passa por meios militares. O chefe da Casa Branca afirmou que vê “um certo movimento” para solucionar o impasse sobre o programa nuclear de Pyongyang, o qual considera ser “uma ameaça mundial, que exige ação mundial”.
Na quarta-feira, Trump fará um discurso no Parlamento sul-coreano. Ao contrário da agenda de seu secretário de Defesa quando esteve no país semanas atrás, uma visita à zona desmilitarizada que divide a península não está inclusa nos planos – algo considerado “clichê” por Washington. Após a passagem pela Coreia do Sul, o presidente americano embarca na quinta-feira para a China. Vietnã e Filipinas fecham o giro de Trump pela Ásia.
(Com agências)