A ex-assessora da Casa Branca Cassidy Hutchinson revelou ao comitê de investigação dos ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 que Donald Trump e sua equipe principal sabiam da violência em potencial da invasão. Segundo Hutchinson, em depoimento nesta terça-feira, 28, o comício organizado seguiu em frente e o ex-presidente dos Estados Unidos disse que eles não estavam ali para machucá-lo. Além disso, ele exigiu se juntar à marcha.
Na manhã da insurreição, a assessora estava em reunião com o ex-chefe do gabinete da Casa Branca Mark Meadows, na qual foram informados que membros da multidão reunida em Washington portavam revólveres, rifles, facas, armadura corporal, lanças e spray para dissuadir ursos. Na reunião, Meadows afirmou que Trump havia sido informado sobre o armamento.
“Eu senti como se estivesse assistindo a um acidente de carro ruim prestes a acontecer, onde você não pode pará-lo”, disse Hutchinson.
Ela relembrou uma conversa com o então vice-chefe do gabinete, Anthony Ornato, que estava com Trump na limusine presidencial durante os protestos, e ele afirmou que o ex-presidente estava furioso e queria ir até o local.
Trump disse a um agente do Serviço Secreto, “ Eu sou a p… do presidente, me leve até o Capitólio agora.” Quando o agente negou o seu pedido, ele pulou para pegar no volante e quando não conseguiu tentou enforcá-lo.
Quando voltou à Casa Branca, Trump jogou seu almoço contra parede. De acordo com o depoimento de Cassidy, essa não tinha sido a primeira vez que ela tinha visto o ex-presidente agir de forma violenta. Semanas antes ele tinha reagido da mesma forma, após a publicação de uma entrevista da Associated Press com seu procurador-geral, William Barr, na qual ele afirmava que as alegações do presidente de uma eleição roubada não tinham mérito.