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Trump rejeita derrota na Câmara: ‘Saímos vitoriosos’

Presidente demonstra raro bom humor ao falar de sua campanha de reeleição em 2020 e volta à carga contra a imprensa

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 7 nov 2018, 19h27 - Publicado em 7 nov 2018, 17h38

Horas depois de os republicanos terem perdido o controle da Câmara dos Deputados, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou-se nesta quarta-feira “vitorioso” das eleições legislativas.

Em entrevista convocada pela Casa Branca, o presidente americano avisou que, por mais desejável que seja para seus opositores democratas, não seria razoável propor o impeachment de um governo que está impulsionando o “maior sucesso econômico da história”. Com humor, insistiu na sua reeleição em 2020.

“Tivemos um tremendo sucesso no Senado e ficamos muito próximos de uma completa vitória”, afirmou, para em seguida apontar os casos mais emblemáticos de sucesso dos republicanos, como a eleição do governador da Flórida, Rick Scott, sobre o veterano senador democrata Bill Nelson. “Serei honesto: foi uma grande vitoria.”

O presidente americano terá de enfrentar, a partir de janeiro, uma Câmara liderada por sua arqui-inimiga Nancy Pelosi e com maioria dos votos da oposição. Pelosi foi reeleita deputada federal pela Califórnia, na terça-feira, e deverá ser conduzida à presidência da Câmara, com disposição indisfarçável de constranger Trump com o pedido de divulgação de suas declarações de imposto de renda e de conduzir um possível processo de impeachment.

Nas eleições de meio de mandato desta terça-feira (6), os republicanos perderam 37 cadeiras e ficaram com um total de 199. Os democratas passaram dos 193 postos atuais para a maioria de 222. Trump, no entanto, conseguiu preservar o controle republicano no Senado, com 51, enquanto a oposição ficou com 46. Dois senadores, entre eles o esquerdista Bernie Sanders, foram eleitos como independentes.

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As eleições envolveram também as escolhas do eleitorado para 36 dos cinquenta governos estaduais. Nesse ponto, os republicanos continuaram a governar a maioria de 26 estados.

“Podemos fazer legislações incríveis com os democratas”, afirmou, em um sinal protocolar em favor da diminuição da polarização política no país. “Mas se os democratas da Câmara vierem me investigar, não vamos colaborar”, avisou.

Trump posicionou-se em um palco no principal salão da Casa Branca e mostrou-se disposto a responder a dezenas de perguntas da imprensa credenciada na Casa Branca. Com habilidade para reverter as perguntas provocadoras em ofensas aos questionadores, ele sinalizou que manterá, nos seus últimos dois anos de mandato presidencial, sua agressividade contra a imprensa americana.

Yamiche Alcindor
A repórter Yamiche Alcindor, da rede PBS News-Hour, enfrenta Trump em entrevista na Casa Branca: pergunta sobre racismo republicano – 07/11/2018 (CNN/Reprodução)

O presidente brigou com um repórter da CNN, acusou uma jornalista de insultá-lo e chamou outro profissional de “racista”. Em vez de atribuir a organização da entrevista a sua secretária de imprensa, Sarah Huckabee Sanders, preferiu conduzir e impor ordem ao evento.

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“Sente-se! Você está grosseiramente interrompendo a pergunta dele”, gritou Trump, repetidamente, irritado com os repórteres que se levantavam das cadeiras para fazer perguntas, muitas vezes atravessando seus colegas.

“Quando você está reportando fake news, o que a CNN faz aos montes, vocês são os inimigos do povo”, afirmou Trump a Tim Acorsta, repórter desta rede de televisão que lhe perguntara sobre sua política draconiana contra a imigração.

Yamiche Alcindor, da PBS News-Hour, teve sorte equivalente à de Acosta ao questionar Trump sobre o suposto apoio do Partido Republicano a grupos supremacistas brancos. “O que o senhor fará?”, perguntou a repórter, de origem afro-americana.

“Isto é uma pergunta racista”, disparou o presidente, apontando para Alcindor. Momentos depois, ele disse serem falsas as declarações de seu ex-advogado Michael Cohen de que fizera comentários racistas no passado. “Eu nunca faria isso. Nunca fiz declarações racistas.”

Questionado sobre sua ambição de reeleger-se em 2020, Trump respondeu com um raro bom humor. “Mike, você vai concorrer comigo?, perguntou ao vice-presidente, sentado na primeira fila. Mike Pence fez um gesto de consentimento, rindo. “Vai mesmo?”, insistiu, provocando risos.

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