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Trump pede reforma migratória e afirma que manterá Guantánamo

Em seu primeiro discurso sobre o estado da União, o presidente americano reforçou sua intenção de priorizar os interesses americanos

Por AFP
Atualizado em 31 jan 2018, 15h07 - Publicado em 31 jan 2018, 07h46
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  • O presidente Donald Trump fez um chamado, nesta terça-feira 30, à unidade dos americanos para criar um país “seguro, forte e orgulhoso”, e pediu ao Congresso que aprove uma controversa reforma migratória. Em seu primeiro discurso sobre o estado da União, tradicional evento no qual o presidente fala aos parlamentares, o mandatário defendeu as conquistas de seu governo e reforçou sua intenção de priorizar os interesses americanos. Ele também afirmou que vai manter aberta a prisão de Guantánamo.

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    Após um ano repleto de polêmicas, Trump fez um chamado a “deixar de lado nossas diferenças, buscar um terreno comum e construir a unidade que precisamos para oferecê-la às pessoas que nos elegeram para servi-las”. “Juntos, estamos construindo uma América segura, forte e orgulhosa”, disse. “Todos nós, juntos, como uma equipe, uma pessoa, uma família americana”, expressou.

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    Reforma migratória

    Boa parte do discurso se concentrou na urgência de aprovar uma reforma migratória, que permitiria também desbloquear o diálogo político no Congresso e permitir a aprovação do orçamento federal. Trump defendeu a proposta lançada na semana passada pela Casa Branca, que abre a porta para a nacionalização de 1,8 milhão de estrangeiros em situação irregular, mas que vem acompanhada de medidas rígidas para conter a imigração.

    O governo pede 25 bilhões de dólares para construir um muro na fronteira com o México, reforça drasticamente a vigilância das fronteiras, interrompe o reagrupamento familiar, reduz a cota de imigrantes legais e suspende a loteria de vistos. “É o momento de reformar essas regras migratórias obsoletas e finalmente trazer nosso sistema migratório para o século XXI”, disse Trump.

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    Prisão de Guantánamo seguirá aberta

    A nova “mão pesada” de Washington ficou em evidência com o anúncio sobre uma diretiva ao secretário de Defesa, Jim Mattis, para que “reexamine nossa política de detenção militar e mantenha abertas as instalações de detenção em Guantánamo”.

    De acordo com Trump, no passado os Estados Unidos liberaram “centenas e centenas de terroristas perigosos, e os encontrou novamente no campo de batalha”, e isso justifica manter aberta a prisão de Guantánamo. A penitenciária foi aberta após a invasão do Afeganistão por tropas americanas, realizada após os atentados de 11 de setembro de 2001, e recebeu desde então centenas de prisioneiros.

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    O governo de Barack Obama se propôs a fechar o centro de detenção, mas a resistência do Congresso freou o processo, que terminou sendo enterrado pela chegada de Trump à Casa Branca.

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    Investimentos e oposição

    O presidente também anunciou um ambicioso plano de investimentos no valor de 1,5 trilhão de dólares no prazo de uma década para renovar a decadente infraestrutura do país, em especial no setor de transportes. “Construiremos novas estradas, pontes, rodovias, ferrovias e vias navegáveis em nossa terra”, disse Trump, acrescentando que, para ele, é necessário reduzir as regulações que impedem que os projetos avancem rapidamente.

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    O presidente também reiterou que seu governo está determinado a adotar novas normas em suas relações comerciais, deixando de lado “acordos injustos”. Em seu discurso, Trump alertou que países como a China e a Rússia ameaçam os interesses, a economia e os “valores” americanos, e advertiu que a Coreia do Norte poderia “muito em breve” desenvolver a capacidade para ameaçar o território americano com seus mísseis nucleares.

    Para a oposição democrata, o discurso de Trump foi apenas um compilado de frases de efeito que escondeu a realidade do país. O senador Bernie Sanders, ex-aspirante à Presidência, disse que é necessário “tratar seriamente a questão migratória, mas isso não significa dividir famílias e reduzir a imigração legal em 25% ou 50%.”

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    A resposta oficial do Partido Democrata foi dada pelo jovem legislador Joe Kennedy III, sobrinho-neto do ex-presidente John Kennedy. Ele criticou um governo que parece ter declarado “uma guerra aberta à proteção ambiental”, e lembrou que “a administração não ataca apenas as leis que nos protegem, mas a própria ideia de que todos merecemos proteção”.

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