O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou que o Pentágono estude reduzir o número de 28.500 soldados americanos que estão na Coreia do Sul, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo The New York Times.
A ordem chegou às vésperas da histórica reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, embora as fontes citadas pelo jornal neguem, sob condição de anonimato, que se trate de uma concessão a Pyongyang.
Trump considera que um eventual tratado de paz na península coreana diminuiria a necessidade de manter o dispendioso contingente militar, cuja missão seria a de proteger Seul contra um ataque Coreia do Norte. O custo das tropas chega a 800 milhões de dólares anuais, dos quais Seul assume a metade. Washington quer que, a partir de 2019, a Coreia do Sul banque a fatura inteira.
Trump, de acordo com o Times, também questiona a utilidade de manter o elevado contingente na Ásia, uma vez que a presença militar americana não evitou que a Coreia do Norte desenvolvesse seu programa nuclear.
Seul nega informações
O porta-voz da presidência sul-coreana, Yoon Young-chan, disse que um representante da Casa Branca desmentiu a reportagem do Times durante uma reunião com o Conselheiro de Segurança Nacional de Seul, Chung Eui-yong, que está em Washington para tratar da cúpula de Trump com Kim Jong-un.
Na quarta-feira, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, rejeitou a retirada das tropas americanas de seu território e enfatizou sua importância para a região. Para ele, a presença das forças “não tem nada a ver com a assinatura de um tratado de paz”.
(Com EFE)