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Trump minimiza ameaça de impeachment

Presidente americano confirma conversa sobre Joe Biden com líder ucraniano, mas diz que movimentação para sua destituição ‘não é nada sério’

Por Da Redação
23 set 2019, 15h51

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou nesta segunda-feira, 23, a importância de uma eventual abertura de um processo de impeachment no Congresso, após acusações de que teria pressionado o líder da Ucrânia a investigar seu possível rival eleitoral em 2020, Joe Biden.

Perguntado se ele estava levando a ameaça de alguns democratas a sério, Trump respondeu: “Não é nada sério”.

A ligação telefônica entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, feita em 25 de julho, está no centro de uma disputa crescente em Washington.

Na semana passada, a imprensa americana revelou que Trump pediu várias vezes a Zelensky que investigasse se Biden havia usado seu cargo de vice-presidente da gestão de Barack Obama para favorecer seu filho, Hunter Biden, que trabalhava para uma empresa de exploração e produção de energia ucraniana.

Segundo o atual presidente americano, Biden teria ameaçado conter a ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia, a menos que fosse demitido o procurador que investigava a empresa na qual seu filho trabalhava.

Trump confirmou ter discutido questões de corrupção envolvendo a família Biden durante a ligação, mas nega ter exercido qualquer pressão sobre Zelenski.

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“Tivemos um telefonema perfeito”, disse aos jornalistas quando chegou às Nações Unidas em Nova York. “Todo mundo sabe que é apenas uma caça às bruxas dos democratas”.

Já Biden disse à imprensa neste domingo que as ações de Trump parecem “ser um aterrador abuso de poder”. “Sei o que estou enfrentando, um abusador em série. É isso que esse cara é”, afirmou.

Trump passou grande parte de seu primeiro mandato como presidente lutando contra acusações de que ele se beneficiou da interferência russa durante sua vitória em 2016 sobre sua rival democrata Hillary Clinton.

À medida que as eleições de 2020 se aproximam, aumentam as preocupações com novas tentativas estrangeiras de influenciar o cenário político dos Estados Unidos. Nesse contexto, a denúncia sobre a ligação telefônica agitou Washington novamente.

Um número crescente de democratas acredita que se deve abrir um processo político contra Trump. Atualmente, o Partido Democrata tem maioria na Câmara dos Deputados americana, mas enfrenta uma possível resistência dos republicanos, que controlam o Senado.

No domingo, o influente deputado democrata Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, disse que suas próprias dúvidas sobre o impeachment estavam desaparecendo com a ligação de Trump à Ucrânia.

“Estamos falando de abuso grave ou flagrante e possível violação da lei”, disse Schiff à CNN, pedindo a divulgação total de qualquer “conduta ilícita do presidente dos Estados Unidos”.

“Eu tenho muita relutância em seguir o caminho da destituição, (mas) o presidente está nos empurrando nesse caminho”.

A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, que também vinha se pronunciando contra um impeachment, disse que o governo entrará “em um novo e grave capítulo de ilegalidade que nos levará a um novo estágio de investigação” se o diretor interino da Inteligência Nacional, Joseph Maguire, se recusar a fornecer informações ao Congresso sobre a ligação telefônica entre Trump e Zelenski.

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Pelosi não mencionou a palavra “impeachment”, mas sua mensagem sugeriu essa possibilidade.

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