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Trump levanta possibilidade de adiar eleição dos EUA

Presidente não tem poder legal para isso, já que data das eleições é fixada por lei e está enraizada na Constituição

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 11h14 - Publicado em 30 jul 2020, 11h04

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou, nesta quinta-feira, 30, a possibilidade de adiar as eleições americanas, marcadas para novembro deste ano. O republicano, no entanto, não tem poder legal para fazer isso, já que data das eleições é fixada por lei e está enraizada na Constituição. 

Em uma publicação no Twitter, Trump disse que “votação universal pelos correios” irá tornar a eleição de novembro “a eleição mais imprecisa e fraudulenta da história” e uma “grande vergonha para os EUA”. O presidente também questionou: “adiar a eleição até que pessoas possam votar de forma correta e segura?”.

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Não há evidências que comprovem a fala de Trump, que há tempos defende que o método é suscetível a fraudes e que se recusa a dizer se irá aceitar os resultados oficiais caso seja declarado perdedor. 

Diversos membros da oposição também usaram as redes sociais para criticar o ato.

“Um presidente em exercício está vendendo mentiras e sugerindo o adiamento da eleição para se manter no poder”, disse o deputado democrata Dan Kildee. “Não deixam isso acontecer. Cada americano — republicano, independente ou democrata — deve ir contra este completo e ilegal desrespeito do presidente à Constituição”. 

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“Não há como o @POTUS adiar a eleição. Não deveríamos deixar ele nos distrair de sua incompetência com a #COVID19”, disse o senador democrata Tom Udall, marcando a conta oficial do presidente.

VOTAÇÃO PELOS CORREIOS

O processo de eleição citado por Trump na publicação, conhecido como “mail-in”, significa que eleitores irão receber uma cédula para votação em suas casas. No dia da eleição, o eleitor deve enviá-la de volta, pelos correios, ou depositá-la em uma urna em um local específico. 

Mais cedo neste mês, seis estados afirmaram que pretendem realizar votações usando o método, sendo eles Califórnia, Utah, Havaí, Colorado, Oregon e Washington. Os estados citam preocupações com a pandemia do novo coronavírus.

Na quarta-feira 29 os EUA atingiram o marco de 150.000 mortos pela Covid-19, segundo levantamento do jornal The New York Times. Na semana passada, houve 1.000 óbitos por dia em média, a pior taxa desde o início de junho, quando o número parecia estar em declínio.

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Membros do Partido Democrata, incluindo o candidato presidencial Joe Biden, já começaram preparações para proteger eleitores e a eleição em si, em meio a temores de que Trump tentará interferir na votação. 

A pandemia de coronavírus que infecta milhares de americanos todos os dias, principalmente nos estados do sul, e prejudica a economia tem minado as chances de reeleição de Trump. A mais recente pesquisa, conduzida pelo jornal Washington Post e pela emissora ABC, aponta uma vantagem de Biden de 15 pontos – o democrata tem 55% das intenções de voto, enquanto o presidente americano aparece com 40%.

(Com Reuters)

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