Trump indulta pecuaristas que incendiaram reserva ambiental
Medida se contrapõe a ação na Justiça do então presidente Barack Obama, que levou fazendeiros de volta à prisão por ocuparem e incendiarem área do governo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indultou nesta terça-feira um pecuarista do Estado do Oregon e seu filho condenados por ocupar e provocar incêndios em um parque federal. A prisão deles, em 2016, deflagrou um movimento de resistência armada contra o governo e sua política para áreas de preservação ambiental.
Dwight Hammond, de 76 anos, e seu filho Steven, de 49, haviam sido condenados em 2012 por um curto período de prisão. Mas, em 2015, um tribunal federal de apelação acatou o pedido do governo de Barack Obama para a revisão do caso, sob a perspectiva de crime de terrorismo. Hammond e Steven retornaram à prisão para cumprir pena de mais cinco anos.
Diante da negativa do então presidente Obama a um pedido de clemência, em 2016, um grupo de fazendeiros armados liderados por Ammon Bundy ocupou durante quarenta dias o Refúgio Nacional Malheur da Vida Selvagem. Durante o protesto, a polícia matou um dos fazendeiros.
Ao anunciar os indultos, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que os promotores tiveram “excesso de zelo” ao acusar os pecuaristas. Ela qualificou a sentença de cinco anos de prisão como “injusta” e “totalmente desproporcional à gravidade” dos atos.
“Na sentença original contra os Hammond, o juiz destacou que eles eram cidadãos respeitados em sua comunidade e impôs a sentença mínima”, afirmou Sanders. “Os Hammonds são homens devotados à família, respeitados por contribuírem para a comunidade local e têm um amplo apoio de vizinhos, policias locais, fazendeiros e pecuaristas em todo o Oeste”, completou.