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Trump incitou invasão ao Capitólio, afirma líder republicano no Senado

Fala de Mitch McConnell se dá em meio ao processo de impeachment do presidente, já aprovado na Câmara dos Deputados

Por Da Redação Atualizado em 19 jan 2021, 16h01 - Publicado em 19 jan 2021, 15h55

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “provocou” a multidão que invadiu o Capitólio em 6 de janeiro quando o Congresso certificava a vitória eleitoral do democrata Joe Biden, declarou nesta terça-feira, 19, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell.

A fala do proeminente senador se dá em meio ao processo de impeachment do presidente, já aprovado na Câmara dos Deputados e aguardando votação no Senado. A Câmara Alta não deve julgar o caso antes do fim do mandato de Trump, que termina nesta quarta 20, mas a aprovação do processo pode acabar com qualquer chance de o magnata voltar a concorrer ao cargo nas próximas eleições.

“A multidão foi alimentada com mentiras”, disse McConnell, aliado fiel de Trump por quatro anos. “Foi provocada pelo presidente e outras pessoas poderosas.”

Segundo ele, os apoiadores “tentaram usar o medo e a violência para interromper” a certificação do pleito de 3 de novembro, no qual Trump perdeu para Biden.

Milhares de apoiadores de Trump invadiram em 6 de janeiro o Capitólio, sede do Congresso, depois de um discurso do presidente para uma multidão reunida em frente à Casa Branca, no qual repetiu suas acusações infundadas sobre uma suposta fraude eleitoral contra ele. Cinco pessoas morreram, incluindo em policial.

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Uma semana depois, em 13 de janeiro, a Câmara dos Representantes acusou Trump de “incitar a insurreição” e, após longa deliberação, os deputados aprovaram o pedido de afastamento por 232 votos a favor e 197 contra, incluindo 10 votos de legisladores republicanos.

Pouco antes da votação na Câmara, McConnell já havia sinalizado apoio ao impeachment, embora não tenha declarado abertamente se irá votar a favor no Senado. Segundo a emissora Fox News, o mais poderoso republicano do Congresso disse que está “farto” e “furioso” com Trump.

Para condenar Trump na Câmara Alta, é preciso o voto de 17 senadores republicanos.

A maioria dos senadores conservadores tem se mantido em silêncio em relação aos seus votos.

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Caso Trump seja condenado, uma segunda votação deve ser realizada pelo Senado para decidir a cassação de seus direitos políticos. Nesse caso, é necessário apenas uma maioria simples para a aprovação da medida.

Este é o segundo processo de impeachment iniciado pelos democratas contra Trump. Em dezembro de 2019, o presidente republicano foi acusado de “abuso de poder” e de “obstruir o bom funcionamento do Congresso”, mas foi absolvido pelo Senado.

Na época, ele foi acusado por pedir à Ucrânia que investigasse a suposta corrupção vinculada ao filho de Biden, Hunter, em troca de desbloquear uma ajuda militar crucial para o país em guerra.

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