Trump diz que ganhará eleição em 2020 com margem maior que de 2016
Em discurso longo, presidente atacou socialismo, democratas e investigação sobre Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado, 2, durante pronunciamento na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), reunião anual do Partido Republicano, que vai ganhar a reeleição em 2020 e por uma margem maior do que a sua vitória em 2016.
Por diversas vezes ele zombou dos democratas por sua estrutura para combater a mudança climática e chamou os deputados da Câmara que pressionam para expandir suas investigações contra ele de “doentes”.
Durante seu discurso, Trump elogiou o movimento conservador, dizendo: “Nosso movimento e nosso futuro no país é ilimitado”. Quando fez sua previsão de um segundo mandato, a multidão respondeu com cânticos de “U S A , U S A”.
O presidente americano também afirmou que o país nunca será socialista, regime que, segundo ele, a oposição democrata passou a adotar e deseja implementar na Casa Branca.
“O socialismo não é sobre o meio ambiente, não é sobre a Justiça, não é sobre a virtude. É sobre o poder da classe governante. Vejam o que está acontecendo na Venezuela e em outros lugares”, disse.
“Estamos aqui porque o futuro não pertence aos que acreditam no socialismo. O futuro pertence aos que acreditam na liberdade, e os Estados Unidos nunca serão um país socialista”, argumentou Trump.
Pensando nas eleições presidenciais de 2020, o presidente americano fez várias críticas à oposição democrata e ironizou o “Green New Deal”, plano para que o país neutralize as emissões de gases de efeito estufa em no máximo dez anos.
Para Trump, a proposta apresentada pela congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez é um trabalho de escola. “Eles deveriam continuar com esse plano. Não mudem. Quando o vento parar de soprar, a eletricidade vai acabar. Há vento hoje? Gostaria de ver televisão”, zombou o presidente americano.
Segundo o republicano, o projeto democrata para combater a mudança climática, “destruiria totalmente a economia americana” se fosse aplicado. “É simplesmente o plano mais louco” que já vi, afirmou.
Sobre os projetos a favor de uma cobertura de saúde universal promovidos por vários candidatos democratas, Trump indicou que provocariam “imensas altas de impostos”.
Trump também criticou seu ex-secretário de Justiça Jeff Sessions e o promotor especial indicado para investigar o chamado “caso Rússia”, Robert Mueller. “Ele nunca recebeu um voto”, disse o presidente.
(Com Estadão Conteúdo, EFE e AFP)