Trump diz que EUA atiraram contra embarcação da Venezuela carregada com drogas
Declaração se dá em meio ao aumento de tensões entre Washington e Venezuela; Secretário de Estado fala em 'ataque letal'
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 2, que militares americanos atiraram contra uma embarcação que transportava drogas na Venezuela.
“Aconteceu há poucos instantes. E nosso grande general, chefe do Estado-Maior Conjunto, tem sido tão incrível… Mas ele nos deu um breve resumo, e vocês verão. E tem mais de onde veio isso”, disse Trump, no Salão Oval. “Temos muita droga entrando em nosso país, chegando há muito tempo (…) e elas vieram da Venezuela, e em grande quantidade. Muita coisa está saindo da Venezuela”.
Pouco depois, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que as “Forças Armadas dos EUA realizaram um ataque letal no sul do Caribe contra um navio de drogas que havia partido da Venezuela e era operado por uma organização designada como narcoterrorista”.
A ação se dá em meio a uma escalada de tensões entre Washington e Caracas. Os EUA acusam o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar o Cartel de los Soles — grupo classificado como terrorista pelos Estados Unidos — e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, já havia dado indícios de um possível ataque.
No mês passado, o governo dos EUA dobrou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro. Em meio à ameaça, o líder chavista reiterou que a Venezuela “defenderá nossos mares, nossos céus e nossas terras” contra “a ameaça bizarra e absurda de um império em declínio”, sem citar os EUA. Ele também mobilizou 4,5 milhões de milicianos chavistas em todo o país, apresentando a medida como uma estratégia de segurança.
Na semana passada, do governo americano já havia adiantado que ampliaria o cerco a Maduro. O destróier USS Lake Erin, capaz de disparar 122 mísseis, e o submarino USS Newport News, com ataque de propulsão nuclear, se somaram às forças americanas na costa venezuelana, já patrulhada por aviões de vigilância. Em paralelo, os navios de guerra USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson atuam na região há duas semanas.
Estima-se que cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais tenham sido deslocados para o sul do Caribe, com o intuito de combater cartéis de narcotráfico considerados organizações terroristas pelo governo Trump.
Três contratorpedeiros, do grupo Anfíbio de Prontidão (ARG, na sigla em inglês), também voltaram a navegar rumo à região na semana passada, depois de terem sido forçados a retornar aos EUA devido ao furacão Erin. As embarcações americanas poderão ser usados para diferentes finalidades, de operações de inteligência vigilante a ataques direcionados contra a terra firme, disse uma autoridade à Reuters sob condição de anonimato.
Eles serão acompanhados pelo avião Poseidon P-8, da Marinha, que tem operado a partir de San Juan, em Porto Rico, e tem conduzido voos circulares nos arredores de Aruba, no norte da Venezuela, para localizar semissubmersíveis, comumente usados pelo narcotráfico para transportar drogas para o México. De lá, os entorpecentes seguem para os EUA. Um Boeing E-3 Sentry também foi localizado na costa venezuelana, sendo empregado para localizar alvos de interesse.
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